Estrutura da vegetação arbórea e regeneração natural em remanescentes de mata ciliar do Rio Mogi Guaçú SP

• Ano de defesa: 1998
• Autor(a) principal: Passos, Marli José
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: FRAGMENTOS FLORESTAIS; MATAS CILIARES; REGENERAÇÃO NATURAL; RIO MOGI GUAÇÚ-SP; VEGETAÇÃO
• Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20220208-002001/

No presente estudo, foi realizado o levantamento fitossociológico do estrato arbóreo e a análise da regeneração natural em remanescentes de mata ciliar da Estação Ecológica de Mogi Guaçú, no município de Mogi Guaçú-SP. Utilizou-se o procedimento de amostragem aleatória, locando-se 10 parcelas amostrais de 300 m2 (10m x 30 m) para o estrato arbóreo e 20 subparcelas de 1 m2 (lm x 1 m) que foram locadas sistematicamente dentro de cada parcela amostral para o levantamento da regeneração natural. Foram medidos todos os indivíduos arbóreos maiores que 15,70 cm de CAP nas parcelas e todos os indivíduos menores que 15,70 cm de CAP nas subparcelas. Para a regeneração, as medições se iniciaram em outubro de 1995 e finalizaram-se em outubro de 1996, sendo realizadas a cada seis meses, totalizando, dessa maneira, três medições. Para o estrato arbóreo, foram encontrados 349 indivíduos de 43 espécies e 21 famílias. As familias que apresentaram maior riqueza em espécie foram as Euphorbiaceae, Fabaceae, Myrtaceae, Lauraceae e Mimosaceae. A densidade total encontrada foi 1163 indivíduos/hectare, apresentando uma área basal de 25,22 m2 para os indivíduos amostrados. O diâmetro médio encontrado foi 14,65 cm e a altura média estimada em 8,26 m. O índice de diversidade foi 3,07, e a equabilidade de 0,82, o número de indivíduos mortos foi de 8,60 % e o número de indivíduos ramificados, 30 %. Pelos parâmetros fitossociológicos, as espécies Sebastiana klotzchiana, Miconia langsdorfii, Gallesia integrifolia, Alchornea glandulosa e Eugenia sp apresentaram maior valor de importância As famílias com maior valor de importância foram Euphorbiaceae, Melastomataceae, Myrtaceae, Mimosaceae e Lauraceae. Para a regeneração natural, foram encontrados 77 indivíduos de 20 espécies. O índice de diversidade foi de 2,57, e a equabilidade, 0,89, para o primeiro levantamento. No segundo levantamento foram contabilizados 105 indivíduos de 21 espécies, apresentando índice de diversidade de 2,62 e equabilidade de 0,87. Para o terceiro levantamento, foram encontrados 129 indivíduos de 22 espécies, com índice de diversidade de 2,56 e equabilidade de 0,85. As espécies que apresentaram maiores crescimentos em altura foram Gallesia Integrifólia, Miconia langsdorjii e Duguetia lanceolata. A espécie mais abundante no primeiro e segundo levantamentos foi Eugenia sp e a espécie Machaerium brasiliensis apresentou número crescente de indivíduos do primeiro para o terceiro levantamento. As espécies Guarea guidonea e Cyclolobium vecchi apresentaram decréscimo na altura média do primeiro para o segundo levantamento e Gallesia integrifólia, Miconia langsdorfii e Casearia sylvestris não apresentaram crescimento durante o período de observação. Alchornea glandulosa apresentou redução do número de indivíduos. Todas as espécies amostradas no estrato arbóreo também foram amostradas na regeneração. As espécies de final de sucessão se apresentaram em maior número, indicando que a mata em estudo se apresenta em dinâmica de sucessão natural. Foi encontrada, ainda, correlação positiva significativa entre o número de indivíduos da regeneração com o estrato arbóreo.