Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ganança, João Henrique Lara |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-22072021-133214/
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Resumo: |
O presente trabalho se propõe a analisar a construção semântica de compostos neológicos de tipo S+S no português brasileiro contemporâneo. Para isso, utilizaremos como referencial teórico conceitos desenvolvidos no âmbito dos estudos de Linguística Cognitiva, especialmente a Teoria da Mesclagem Conceptual, ou Blending, de Fauconnier & Turner (2002; 2003) e a Morfologia Construcional, de Booij (2005; 2007; 2010), desenvolvida no Brasil por Gonçalves (2016b). Acolhemos como hipótese de trabalho, que procuraremos desenvolver na análise, a ideia de que as chamadas composições nominais formadas por dois substantivos em justaposição são, em essência, materializações linguísticas de processos cognitivos gerais, como a capacidade de operar com domínios cognitivos diferentes, mesclando-os em estruturas esquemáticas de conhecimento, as quais, por sua vez, promovem a criação lexical. Finalmente, defenderemos também que, a partir do surgimento dessas criações neológicas, elas passam a servir, a seu turno, como modelos para novas criações. Isso tudo ocorre, a nosso ver, impulsionado pela capacidade cognitiva humana de operar por analogias. A fim de nos guiar na análise das composições neológicas nominais S+S, basear-nos-emos em questionamentos semasiológicos - quais são os significados possíveis para o neologismo em análise e quais os recursos utilizados pelos falantes para interpretá-los corretamente? - e onomasiológicos - por que o falante utilizou o recurso da composição, e não outro, para expressar o conceito que tinha em mente? Os neologismos compostos foram encontrados em textos publicados, no ano de 2014, em 89 blogues jornalísticos veiculados pela Folha de S. Paulo, revista Veja e Portal UOL, acrescidos de textos publicados entre 2015 e 2017 em blogues políticos da revista IstoÉ. Os candidatos a neologismos foram recolhidos de modo semiautomático por meio do software Extrator de Neologismos (FFLCH-USP/NILC-USP São Carlos) e atestados pela verificação nos dicionários Houaiss eletrônico, Aurélio e Michaelis. |