Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Oyafuso, Mônica Kanashiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-12122008-104152/
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Resumo: |
A urolitíase ocorre com relativa freqüência dentre as afecções que acometem o trato urinário inferior de cães e gatos. Urólitos são agregados de material cristalino e matriz que se forma em um ou mais locais no trato urinário quando a urina torna-se supersaturada com substâncias cristalogênicas. A constituição dos urólitos pode ser decorrente de deposição de um único tipo mineral ou de minerais diferentes que se depositam em camadas (laminações) ou simplesmente agregam-se à pedra. Dependendo do tipo mineral e sua distribuição no urólito, este pode ser classificado em simples (apenas uma camada com predomínio - >70% - de um único tipo mineral), misto (também apenas uma camada identificável, porém sem predomínio de um único mineral) ou composto (presença de mais de uma camada de composição mineral diferente). Atualmente existem dois métodos de análise da composição mineral de cálculo: análise qualitativa e quantitativa, porém apenas a quantitativa permite a determinação do percentual das diferentes composições minerais, além de ser um método mais sensível e específico. Este estudo teve como objetivo analisar os casos de urolitíase canina que tiveram seus cálculos analisados quantitativamente, atendidos no Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP). Foram analisados 161 urólitos provenientes de 156 cães (5 animais apresentaram recidiva), durante o período de fevereiro de 1999 a janeiro de 2007. Todas as análises foram realizadas no Minnesota Urolith Center, baseada nos métodos de microscopia de luz polarizada, espectroscopia infravermelha e espectroscopia por raios-X com dispersão de energia. Apenas 30,2% (106) dos urólitos eram simples, 1,9% (3) mistos e 67,9% (47) eram compostos. Apesar desse predomínio de urólitos compostos, a avaliação individual desses revelou que 64 de 106 urólitos compostos continham em todas as suas camadas, predomínio (>70%) de um mesmo tipo mineral: 26 continham estruvita, 35 oxalato de cálcio (mono ou dihidratado) e três de urato (urato ácido de sódio e urato ácido de amônio). Tais urólitos, apesar de classificados como compostos poderiam ser manejados como urólitos simples. Por outro lado, 30 urólitos compostos tinham a região interna minerais passíveis de dissolução, mas que seria impedida por uma camada mineral externa não passível de dissolução. O inverso ocorreu em 3 amostras (apenas a camada mais externa seria passível de dissolução) e outras duas amostras apresentaram deposição sequencial de minerais passíveis de dissolução, porém, que exigiriam protocolos distintos. Assim, o conhecimento da composição de todas as camadas (núcleo, pedra, parede e superfície) que compõe o urólito é essencial para o entendimento da formação do cálculo e conseqüentemente para a indicação do tratamento adequado, assim como para a prevenção de recidivas. |