Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Holanda, Flávia Mendes da Cunha |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-02052016-141504/
|
Resumo: |
Introdução. A paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica crônica, endêmica na América Latina, principalmente Brasil, sendo a oitava causa de morte entre as doenças infecciosas crônicas recorrentes. A PCM infecção é caracterizada por uma resposta Th1, a forma aguda por um perfil misto da resposta Th2/Th9, enquanto na forma crônica caracteriza-se pelo perfil Th17/Th22. A ocorrência e gravidade da PCM humana podem também estar associadas a fatores genéticos como os polimorfismos dos genes de citocinas. Objetivos. 1. Descrever a frequência dos polimorfismos de (SNPs) IFNG +874 T/A, IL12B 3\' UTR +1188 A/C e IL12RB1 11014 A/G no éxon 7 em pacientes e controles; 2. Investigar a associação entre esses polimorfismos e as diferentes formas clínicas da micose; 3. Verificar se há associação entre esses polimorfismos e a secreção das citocinas IFN-y, IL-12p40 e IL-12p70. Materiais e Métodos. 143 pacientes com PCM foram incluídos (40 com a forma aguda, 100 com a forma crônica multifocal e 17 unifocal). Critérios de inclusão: ter doença ativa (DA) comprovada por exame micológico ou histopatológico positivo ou presença de anticorpos anti-Paracoccidioides brasiliensis (>= 1/32 por contraimunoeletroforese) ou ter doença curada/tratada (CT) quando comprovada anteriormente pelos critérios de DA e atualmente com títulos de anticorpos estáveis e <= 4 em dois períodos com intervalo >= 6 meses. Analisaram-se os SNPs IFNG pela técnica de PCR-ARMS (\"Polymerase Chain Reaction - Amplification Refractory Mutational System\"), IL12B e IL12RB1 por RFLP (\"PCR-Restriction Fragment Lenght Polymorphism\"). Para a dosagem de citocinas foram utilizadas as técnicas de ELISA (n=29) e CBA (\"Cytometric Bead Array\"; n= 18), sendo considerados estatisticamente significantes, os valores de p < 0,05 para os testes de x2 e o teste de Kruskal-Wallis, com pós-teste de Dunn. Resultados. O genótipo AA do SNP IL12RB1 foi mais frequente na forma crônica multifocal e o genótipo AG, na forma unifocal masculina (p= 0,048). À análise desta forma clínica entre ambos os sexos, o genótipo AG foi também mais frequente no sexo masculino (p= 0,009). Segundo a etnia, foi demonstrada diferença estatisticamente significante nas frequências dos genótipos e alelos dos SNPs IFNG e IL12RB1 (p < 0,05). Em relação às formas clínicas da PCM, houve similaridade nas frequências dos genótipos e alelos dos SNPs estudados. Quanto aos níveis das citocinas, para os SNPs IFNG, IL12B e IL12RB1, maiores níveis de secreção de citocinas, frente a PHA, foram registrados nos grupos CT e CO em relação ao DA, sugerindo relação com a evolução da doença e com a imunossupressão já descrita na doença ativa. Conclusão. Não houve associação entre os SNPs IFNG, IL12B e IL12RB1 e as diferentes formas da doença quando todos os pacientes foram analisados; no sexo masculino, sugere-se que o genótipo AA esteja associado à doença crônica mais disseminada (IL12RB1). Houve diferença significante entre as etnias nos SNPs IFNG e IL12RB1, sugerindo-se a ampliação do número de pacientes em determinadas etnias e na forma clínica unifocal para melhor compreensão dessas associações |