Performance de diferentes métodos de instrumentação radicular em dentes decíduos humanos e artificiais avaliado pela tomografia computadorizada por feixe cônico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Mello-Moura, Anna Carolina Volpi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23132/tde-22092011-171632/
Resumo: No intuito de avaliar novas possibilidades de instrumentação radicular em dentes decíduos, o objetivo do presente estudo foi avaliar a performance de três diferentes métodos, manual e mecanizados, utilizando tomografia computadorizada por feixe cônico (TCFC). As técnicas utilizadas foram manual (MAN), rotatória com o sistema Protaper (ROT) e oscilatória com o sistema EndoEZE (OSC). Para o segundo objetivo, as técnicas foram testadas em dentes decíduos naturais e artificiais, para que também se pudesse avaliar a diferença entre a performance dos métodos nesses dois tipos de dentes. Após o acesso endodôntico inicial, imagens padronizadas foram realizadas em aparelho de TCFC (sistema iCat), com cortes sagital, coronal e axial. Após a instrumentação dos dentes pelos diferentes métodos, novas imagens foram realizadas. Avaliações quantitativas foram feitas medindo-se nas imagens axiais dos canais radiculares, a espessura das paredes e área do canal, em três diferentes regiões: terços cervical, médio e apical. Três desfechos foram considerados após instrumentação: desvio para a parede de risco, descentralização do canal e diferença na área do canal antes e após a instrumentação. Os valores foram comparados com análise de variância e teste de Tukey, ou com testes não paramétricos. Não houve diferença no desvio entre os métodos para os dentes anteriores artificiais e naturais. Nos posteriores naturais, entretanto, a técnica MAN apresentou maior desvio no terço cervical (p<0,05). Com relação as áreas do canal, para os dentes anteriores, o método ROT e OSC apresentaram maior desgaste que o MAN nos terços cervical e médio, mas no terço apical o OSC e o MAN foram semelhantes (p > 0,05). Para os posteriores, o método ROT apresentou um desgaste estatisticamente maior do que os demais apenas no terço apical (p<0,05). Análises qualitativas do padrão de desgaste de cada método de instrumentação radicular foram realizadas e representadas em gráficos e imagens obtidas pela TCFC. Avaliando as imagens, o padrão anatômico de todos os canais mostrou uma área maior da cervical e menor na apical. O método MAN apresentou uma tendência de preservar a anatomia inicial do canal em todos os terços. Já o ROT apresentou expressiva alteração no perfil anatômico em todos os terços e o método OSC atuou com maior expressão nas regiões cervical e média, comparado à região apical. Os dentes artificiais apresentaram similaridade de forma e radiopacidade com os dentes naturais, mas apresentaram resultados diferentes nos diversos desfechos, limitando seu uso como substitutos dos dentes naturais em pesquisas. Em conclusão, o método MAN apresenta boa performance na instrumentação radicular de dentes decíduos, mas o sistema oscilatório seria a melhor opção para obter as vantagens da instrumentação mecanizada. Em relação aos modelos de dentes artificiais utilizados, ainda necessitam ser aperfeiçoados para substituírem os dentes naturais nas pesquisas.