Estudo comparativo de dois métodos de amostragem fitossociológica em caixetais (floresta ombrófila densa permanentemente alagada)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Vanini, Andrea
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20220208-105503/
Resumo: O presente trabalho realizou levantamentos fitossociológicos em três locais de Floresta Ombrófila Densa permanentemente alagadas (caixetais); dois com perturbação antrópica: Fazenda Retiro e Estação Ecológica Chauás, e um local preservado, dentro da Estação Ecológica Juréia-Itatins, todos situados no município de Iguape - Vale do Ribeira - SP. Em todos os locais foram aplicados dois métodos de amostragem: parcelas de área fixa (10x20m); e parcelas de área variável (Bitterlich), fator de área basal (F AB) de 1, 2 e 4 (m2/ha). Para os dois métodos foram calculados os parâmetros fitossociológicos de densidade, frequência e dominância, e os Índices de Valor de Importância (IVI) e de Diversidade de Shannon e Simpson. Todas as árvores com DAP maior que 5cm foram amostradas em ambos os métodos, e amostragens de DAP mínimo de 5, 10 e 15 cm foram simuladas nos cálculos de parâmetros de estrutura vegetal. A espécie Tabebuia cassinoides (caixeta) apresentou o maior IVI em todos os locais, indicando uma total adaptação à condição de saturação hídrica do solo, que ocorre ao longo de todo o ano. O caixetal se apresenta como uma floresta baixa (15m), com uma alta densidade de Tabebuia cassinoides e outras poucas espécies ocorrendo em baixa densidade, em função das condições do ambiente. A perturbação antrópica nessas formações, para exploração de caixeta, embora não extingua a condição florestal do ambiente, altera muito a estrutura da comunidade. Em relação à eficiência dos métodos utilizados, para amostragem de árvores superiores (DAP≥15cm), a parcela de área variável (fator 1), foi capaz de amostrar o mesmo número de espécies que as parcelas de área fixa, embora utilizando apenas 1/3 do tempo. Parcelas de área variável devem ser seriamente consideradas em trabalhos de descrição e comparação vegetal florestal, fornecendo maior eficiência que parcelas de área fixa.