Letramento em jovens e adultos com deficiência mental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Shimazaki, Elsa Midori
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-05062007-102410/
Resumo: Alfabetizar e letrar pessoas jovens e adultas constitui uma necessidade e, no caso de indivíduos adultos com deficiência mental, os estudos a respeito de letramento são rarefeitos e demandam, por isso, mais pesquisas e ações políticas que possam modificar as condições desses indivíduos. Letramento significa compreender e elaborar a linguagem e fazer uso social dela em várias situações da vida prática. Nesta pesquisa, objetivou-se comparar o grau de letramento, o nível de compreensão de leitura e produção escrita de adultos deficientes mentais, considerados alfabetizados, antes e depois de um programa de práticas de letramento. Estudou-se, também, a influência da família no nível de compreensão de leitura e escrita dos sujeitos. Participaram da pesquisa 11 sujeitos classificados, por meio de avaliação psicológica, como deficientes mentais moderados ou severos, com idade entre 18 e 34 que eram considerados alfabetizados e tinham freqüentado programa de educação especial por 5 anos ou mais. Foram aplicados questionários aos responsáveis pelos alunos para verificar as suas condições de letramento das famílias. A partir da avaliação inicial, elaborou-se um programa de práticas de letramento, realizado duas vezes por semana, durante 8 meses para que os sujeitos ampliassem o uso social da leitura e escrita. A cada sessão era feito um registro em diário de campo e realizadas algumas filmagens esporádicas para posterior análise. Os resultados mostraram que, apesar de serem considerados alfabetizados, os sujeitos dessa pesquisa tinham pouco domínio do uso social da leitura e escrita e que o grau de letramento das famílias influenciavam o acesso à leitura e escrita e, conseqüentemente, o seu uso social. Ao final das análises, pode se afirmar que, por meio da mediação pedagógica, houve o desenvolvimento de uma postura mais reflexiva sobre a leitura e a escrita e a pesquisa contribuiu para algumas mudanças na realidade dos sujeitos nela inseridos. Pode-se afirmar que a educação formal, por meio da mediação, contribui para a formação social da mente.