Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Lozano, Mariana Gonçalves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-15082016-125036/
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Resumo: |
O amendoim (Arachis hypogaea L.) é uma das oleaginosas mais consumidas no mundo, e o Brasil apresenta potencial para despontar como grande produtor e exportador. Diferentes cultivares de amendoim foram desenvolvidas visando melhorar a produtividade, a qualidade nutricional e a vida de prateleira dos grãos e seus derivados. A bibliografia indica diferença na composição química e nutricional de cultivares obtidas por melhoramento genético. Este projeto teve como objetivo identificar cultivares de amendoim em produção e sua composição nutricional com vistas à alimentação humana, perfil nutricional e programas governamentais para incentivo ao consumo. As cultivares selecionados foram Granoleico (origem Argentina), IAC OL3, IAC 886, IAC 505 e IAC Tatu Vermelho (desenvolvidas no Brasil). Amostras dos cinco cultivares foram coletadas em cooperativas das principais regiões produtoras do estado de São Paulo, localizadas nos municípios de Tupã e Marília, representantes da região da Alta Paulista com solos mais claros e Jaboticabal e Sertãozinho, correspondentes à região da Alta Mogiana, com solos mais avermelhados. Estas cinco cultivares, produzidas no Estado de São Paulo, atingem 83% de área de cultivo nacional, que é responsável por 92% da produção do Brasil. As amostras foram analisadas quanto à composição centesimal, a presença de fatores antinutricionais (ácido fítico, taninos condensados, saponinas e atividade da urease), minerais (ferro, zinco, fósforo, cálcio, manganês e magnésio), perfil de ácidos graxos, tocoferóis totais e β-caroteno. A análise estatística foi realizada por Análise de Variância - ANOVA e aplicação do Teste de Tukey para comparação das médias. Os resultados observados revelaram variações de 18% de carboidratos, 9,7% de proteína, 28% de fibras e 8,2% de lipídios, com a cultivar IAC 505 apresentando as maiores porcentagens de lipídios e proteínas. Os minerais variaram 45% para Fe, 40% para Ca, 12% para Mg, 39% para Mn, 41% para P e 30% para Zn. Foram observadas diferenças nos teores de antinutricionais, constatando-se cultivares com teores de saponinas (Tatu Vermelho), ácido fítico (IAC OL3), taninos condensados (IAC 886) e atividade da urease (IAC 886), superiores às demais. Os níveis de tocoferóis totais e β-caroteno foram superiores nas cultivares Tatu Vermelho e Granoleico, respectivamente. Do ponto de vista de qualidade do perfil de ácidos graxos, a cultivar IAC 505 se destacou com 42% da composição de ácidos graxos monoinsaturados, 1,4 % de poli-insaturados, 6% de saturados e razão oleico/linoléico de 26. Foram elaboradas tabelas de comparação entre os resultados obtidos e as recomendações de ingestão dietética para verificação do suprimento de nutrientes. Com os resultados obtidos, pode se concluir que a composição química e nutricional de cultivares desenvolvidas pode ser afetada pelo processo de melhoramento genético, mas estudos complementares devem ser realizados. Há cultivares com qualidade nutricional superior às demais que suprem necessidades orgânicas e são mais interessantes para consumo de acordo com o objetivo nutricional. Estas deveriam ser inseridas em programas de incentivo à produção agrícola e o consumo incentivado devido a impacto benéfico no perfil nutricional de populações. |