Frequência e prevalência de diagnósticos psiquiátricos determinantes do afastamento de comissários de bordo da atividade aérea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Nery, Maria Luiza Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-28092009-150841/
Resumo: A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que os transtornos mentais menores, que incluem depressão e ansiedade, afetam aproximadamente 30% dos trabalhadores. Objetivo: Verificar a freqüência, e a taxa de prevalência de transtornos mentais entre Comissários de Bordo afastados das atividades profissionais. Métodos: Foram analisados os prontuários de 648 comissários de bordo, 105 homens e 543 mulheres, que realizaram perícia durante um período de cinco anos e receberam como parecer de afastamento pelo menos um diagnóstico do agrupamento F00-F99 da CID- 10, associado ou não a doença ou transtorno orgânico. Resultados: Comissários de Bordo ingressam cedo no mercado de trabalho (50,5 por cento dos homens e 70,5 por cento das mulheres recebem sua certificação profissional entre os 18 e os 22 anos), e também adoecem cedo (81,9 por cento dos homens até os 41 anos; 84,3 por cento das mulheres até os 35 anos), em média após 10 anos de trabalho (11,9 anos para homens, 9,4 anos para mulheres). Os diagnósticos mais freqüentes como causa de afastamento foram, pela ordem, F32 episódios depressivos (44,5 por cento homens; 35,49 por cento mulheres), e F41 outros transtornos ansiosos (20,1 por cento dos homens; 22,9 por cento das mulheres). Discussão e Conclusão: As mulheres adoecem mais ced por cento o do que os homens, e são afastadas do trabalho principalmente por episódios depressivos. Os homens são afastados principalmente devido a transtornos ansiosos. Os dados concordam com a literatura, que aponta menor número de homens diagnosticados com transtornos mentais menores. A maior freqüência desses transtornos entre Comissários de Bordo, em comparação com as demais categorias profissionais, pode se dever a fatores associados à organização do trabalho e a fatores psicossociais do trabalho, mas os dados coletados neste estudo não permitiram verificar essa hipótese.