Mobilização de poluentes no maciço de resíduos de lixão desativado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Shinzato, Marjolly Priscilla Bais
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18138/tde-27012015-085018/
Resumo: O lançamento dos efluentes de depósitos de resíduos no ambiente altera significativamente a qualidade das águas. Apesar do amplo acervo de dados sobre os mecanismos de formação do lixiviado e das mudanças de sua qualidade nas diferentes fases do aterro, pouco se sabe sobre os mecanismos de mobilização de poluentes do maciço de resíduos para o lixiviado e da interação deste com as águas subterrâneas e o meio geológico. A compreensão destes processos é essencial para orientar critérios de estabilidade destes aterros e para avaliar se o maciço de resíduos não representa mais uma ameaça para o ambiente. Nesse sentido, um poço de 1,5 m de diâmetro com lisímetros de sucção instalados em diferentes profundidades foi instalado dentro do maciço de resíduos do lixão desativado de São Carlos/SP para análise do conteúdo aterrado e do lixiviado em camadas de resíduos com diferentes idades de deposição. Amostras de águas subterrâneas coletadas em poços de monitoramento a montante, dentro e a jusante do maciço também foram analisadas. Concluiu-se que o lixão está na fase metanogênica e que o maciço é composto por chorume imóvel com elevadas concentrações de poluentes e por resíduos não inertes. Condições redutoras e de tamponamento são mantidas constantes no lixão, as quais controlam as reações redox ocorrentes no maciço e a qualidade do lixiviado. A mobilização de Fe, Ca, Mg, K, Na, Ni, Zn, Pb e Cd do maciço para o lixiviado apresentou-se mais significativa sobre os demais elementos avaliados e ocorre a partir dos resíduos sólidos aterrados e dos solos de cobertura. Os principais parâmetros de interesse ambiental identificados no lixiviado foram nitrogênio amoniacal, Cd, Cr, Pb, NO3 e DBO5 e nas águas subterrâneas foram nitrogênio amoniacal, Cr, Cd, Al, Ni, Fe, Mn e Pb. A análise dos dados de qualidade do conteúdo aterrado e do lixiviado comprovou uma significativa mobilização de poluentes dentro do maciço de resíduos do lixão desativado de São Carlos/SP. Apesar de estar desativado há 18 anos, o maciço de resíduos ainda é fonte primária de poluentes, comprovando seu potencial remanescente de contaminação, principalmente para as águas do Sistema Aquífero Guarani (SAG) e do manancial Ribeirão do Feijão. Portanto, o monitoramento da área não pode ser descontinuado.