Alteração da concentração de glicogênio durante o dia em glândulas submandibulares e parótidas de ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Matos, Jonas Alencar de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23140/tde-11122009-095703/
Resumo: As glândulas salivares são glândulas exócrinas que vertem seus produtos para cavidade oral. As principais glândulas são as parótidas, sublinguais e submandibulares sendo elas as responsáveis pela contribuição do maior volume de saliva durante o processo de secreção que, assim como todas as atividades que nosso corpo exerce, também dependem de energia. A secreção salivar consome glicose e mobiliza o glicogênio para adquirir energia, e este processo pode sofrer influencia de alguns fatores dentre eles o estado diabético e o ritmo circadiano. O diabetes altera todo o metabolismo de carboidratos e diminui o fluxo salivar. Já o ritmo circadiano promove uma alteração fisiológica no fluxo e composição da saliva de acordo com o horário do dia. Desta forma o objetivo deste trabalho foi em um primeiro momento observar o comportamento da concentração de glicogênio em glândulas parótidas e submandibulares de ratos com diferentes idades e condições alimentares em um determinado período do dia. Em um segundo momento observar as alterações que ocorrem na concentração de glicogênio em ratos diabéticos durante o dia. Na primeira fase do estudo foram utilizados ratos saudáveis com 21, 30 e 60 dias de vida, divididos em grupos alimentado e alimentados com restrição. No grupo com restrição de alimento os animais ficaram restritos a alimentação noturna (19 7 horas) desde 2 dias antes do sacrifício. Na segunda fase do estudo, com ratos diabéticos, foram utilizados animais com 60 dias de vida e a indução do diabetes foi realizada através de uma injeção intraperitoneal de estreptozotocina (65 mg/Kg p.c.). 30 dias após a indução os animais foram sacrificados. Em todos os grupos o sacrifício foi realizado nos seguintes horários - 7, 9, 11, 13, 15, 17 e 19 horas. As glândulas submandibulares e parótidas foram removidas imediatamente para posterior análise da concentração de glicogênio. Os dados foram analisados estatisticamente pelos testes ANOVA e o teste de Tukey (p<0.05). Os resultados obtidos com os animais normais mostra uma variação da concentração de glicogênio durante o período analisado nas duas glândulas, sendo mais evidente quando os ratos não foram submetidos a restrição de alimento. Nesta condição a variação da concentração de glicogênio em glândulas parótidas pouco alterou independente da idade. Nos animais diabéticos observamos um acúmulo de glicogênio nas glândulas parótidas e uma diminuição da concentração de glicogênio em submandibulares. Durante o período analisado também houve pouca variação da concentração de glicogênio, assim como nos animais não diabéticos, sendo evidente a menor interferência do ritmo circadiano no estado diabético. Esse estudo nos mostrou que o ritmo circadiano interfere na concentração de glicogênio das glândulas salivares parótidas e submandibulares de ratos durante o período analisado e que a restrição de alimento durante o dia alterou a concentração de glicogênio principalmente nas glândulas parótidas. Observamos também que no estado diabético ocorre um acúmulo do glicogênio em glândulas parótidas e uma diminuição nas glândulas submandibulares.