Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Ana Carolina Sodré |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-21062024-155659/
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Resumo: |
A dissertação analisou os discursos de gênero e raça sobre a mão de obra feminina estadunidenses no pós-guerra presentes nos boletins publicados entre 1944 e 1953 pela agência federal Women\'s Bureau durante a gestão da segunda diretora da agência, Frieda Miller. Investigou-se a atuação ambígua da agência - de natureza e subordinação governamental, porém, com estreitas relações e alianças com sindicatos e organizações de mulheres - a partir de sua construção discursiva, na esfera federal, sobre a mulher. E buscou-se compreender os limites discursivos e de atuação política e os mecanismos utilizados para sua. Para isso, adotou-se as teorias de reprodução social do feminismo marxista, a teoria de interseccionalidade e utilização de gênero como categoria de análise histórica. Ao final da pesquisa, confirmou-se a hipótese de que o Women\'s Bureau fazia uso estratégico de alguns discursos essencialistas e conformistas sobre a mulher, porém, sua atuação objetivava a obtenção e extensão de direitos trabalhistas, sociais e políticos às mulheres em igualdade e equidade ao dos homens. Comprovou-se parcialmente a hipótese de que apesar do Women\'s Bureau ter desempenhado um papel-chave no movimento trabalhista de mulheres desde sua criação, a agência nunca fora uma organização ativista em vista de sua natureza governamental embora tenha atuado muitas vezes como uma. E, por fim, refutou-se a hipótese de que o Women\'s Bureau propôs transformações dos papéis sociais de gênero no pós-guerra, pois a agência adotou uma atuação e política discursiva conciliatória e apaziguadora sem propor uma transformação real desses papéis. Apesar disso, para a época, identificou-se que as posições e discursos da agência sobre as mulheres eram, em determinado medida, subversivos à ordem vigente a partir de usos de mecanismos da própria estrutura política generificada e racializada da sociedade |