A formação da memória territorial brasileira (1838-1860)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Araujo, Regina Celia Correa de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-18012023-120734/
Resumo: Esta tese pretende demonstrar que a formação da memória nacional, cultivada sistematicamente pela historiografia nascente e pela literatura romântica nas primeiras décadas do século XIX, baseou-se, em grande medida, na exaltação das virtualidades contidas no território. A invenção de um passado nacional, ancorado em documentos e monumentos cuidadosamente selecionados, correspondeu à apropriação real e virtual da base territorial do império, cuja memória é reconstruída neste período pelas publicações do Instituto Histórico e Geográfico e pelos \"romances brasileiros\" dos escritores românticos. Por meio do estudo dos momentos iniciais da historiografia e do pensamento geográfico no Brasil, esta tese procura demonstrar que estas duas disciplinas ocuparam papéis complementares, que não podem ser explicados em separado. Buscando no passado os signos de uma proto-nacionalidade e integrando em uma memória territorial imaginada como brasileira o espaço fragmentado produzido pelas colônias portuguesas da América, estes dois campos disciplinares em vias de sistematização forneceram os fundamentos indispensáveis à constituição da nação brasileira