Determinação de radionuclí­deos naturais e artificiais e avaliação da dose devido à ingestão de peixes consumidos na cidade de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Nery, Andressa Damaceno
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/85/85131/tde-15102024-123807/
Resumo: Os peixes são alimentos ricos em proteínas e nutrientes essenciais, seu consumo deve ser incentivado para atender às necessidades nutricionais da população brasileira. No entanto, esse aumento no consumo pode ser prejudicial à saúde se esses alimentos estiverem contaminados, afetando a segurança alimentar e a saúde da população. O monitoramento de radionuclídeos naturais e artificiais em peixes é importante para garantir a qualidade dos pescados consumidos na cidade de São Paulo. Vinte e quatro amostras das espécies de peixe mais consumidas na cidade de São Paulo (anchova, atum, cação, corvina, pescada e sardinha) foram analisadas quanto ao seu teor dos radionuclídeos naturais (226Ra, 210Pb, 210Po, 228Ra e 40K) e do radionuclídeo artificial 137Cs. A determinação do 210Po foi feita por espectrometria alfa e a dos demais radionuclídeos por espectrometria gama. Os resultados encontrados para a concentração de atividade dos radionuclídeos analisados nas amostras de peixe são da mesma ordem de grandeza dos dados encontrados na literatura, sendo que os valores mais altos de concentração de atividade foram encontrados para o 40K e o 210Po variando de 43 a 135 Bq kg-1 e de 1,20 a 6,72 Bq kg-1, respectivamente. A dose efetiva comprometida devido à ingestão de peixes foi avaliada a partir da concentração de atividade máxima obtida para cada radionuclídeo nas espécies de peixe analisadas. Os resultados obtidos para a dose total devido à ingestão dos peixes variaram entre 26,11 e 80,13 μSv a-1, valores abaixo do limite de 1 mSv a-1 estabelecido pela Agência Reguladora Brasileira (Comissão Nacional de Energia Nuclear). O 210Po foi o radionuclídeo que mais contribuiu para a dose em todas as espécies analisadas, sendo considerado o radionuclídeo mais relevante quanto à exposição interna devido à ingestão de peixes. Os resultados obtidos indicam que a ingestão dos peixes não representa risco de exposição à radiação devido à presença dos radionuclídeos 226Ra, 210Pb, 210Po, 228Ra, 40K e 137Cs. No entanto, devido ao aumento do consumo, recomenda-se o monitoramento frequente da concentração dos radionuclídeos nos peixes.