Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Greghi, Daniel Kohl |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25152/tde-23112021-160422/
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Resumo: |
Em 2018, foi proposta a nova classificação das doenças periodontais e periimplantares pela Academia Americana de Periodontia e Federação Europeia de Periodontologia. Nesta nova classificação, os tipos de margens de restaurações foram considerados como fatores de risco locais para o desenvolvimento de gengivite, perda de inserção e perda óssea, tendo sido considerado que margens subgengivais de restaurações estariam mais correlacionadas à maior inflamação gengival e maior acúmulo de placa. No entanto, observamos resultados conflitantes na literatura. O objetivo primário deste estudo foi avaliar transversalmente as condições de saúde e doença gengival e periodontal ao redor de dentes com diferentes tipos de restaurações ou próteses com términos subgengivais (SBG) em comparação com términos supragengivais.(SPG) e a dentes hígidos, não restaurados (C). Foram incluídos no estudo 50 participantes, homens e mulheres, 18 anos de idade, apresentando restaurações ou reabilitações protéticas envolvendo as faces proximais em pelo menos 1 dente posterior. Todos os participantes responderam ao questionário de saúde e foram examinados periodontalmente de acordo com as medidas de profundidade de sondagem (P.S.), perda de inserção clínica (PIC), índice de sangramento gengival (ISG) e índice de placa (IPl). A perda óssea interproximal foi determinada em radiografias panorâmicas e intra-bucais presentes nos prontuários clínicos dos participantes. Os tipos de restaurações ou coroas protéticas foram determinados de acordo com o tipo de término e tipo de material restaurador. A amostra foi dividida em três grupos após a coleta de dados: SPG (n= 214 sítios), SBG (n= 42 sítios) e C (n= 379 sítios). Os dados foram comparados entre os grupos por meio de Anova para medidas lineares e paramétricas (P.S., PIC, perda óssea) e Kruskal Wallis para medidas não lineares e não paramétricas (ISG, IPl). A associação entre tipos de términos, de materiais restauradores e dos parâmetros clínicos e radiográficos periodontais foi investigada pelos testes de correlação de Pearson e Spearman, para dados paramétricos e não paramétricos, respectivamente. Houve maior prevalência de restaurações de amálgama no grupo SPG e de coroas metalocerâmicas no grupo SBG, com diferenças estatisticamente significantes entre os grupos (p < 0,001; teste Chi-quadrado). O grupo SBG apresentou maior P.S. (2,59 ± 0,98 mm) do que o grupo C (2,19 ± 0,80 mm), porém sem diferenças significantes em relação ao grupo SPG (2,32 ± 1,05 mm). O IPl foi significativamente maior no grupo SBG do que nos grupos SPG e C (p= 0,0003; Kruskal Wallis). Em média, as restaurações subgengivais estavam posicionadas 1,03 ± 1,96 mm subgengivalmente, significativamente diferente do grupo SBG (0,42 ± 1,77 mm). Houve maior prevalência de sítios saudáveis no grupo SPG do que nos grupos SBG e C (p< 0,05; teste Chiquadrado), Houve menor percentual de sítios com perda de inserção 5 mm no GC. Os resultados obtidos sugeriram que restaurações SBG estão associadas com maior acúmulo de placa, correlacionado especialmente com os materiais restauradores amálgama e coroa metalocerâmica. A prevalência de sítios com perda de inserção interproximal é maior em superfícies com margens subgengivais de restaurações. No entanto, restaurações subgengivais não estão associadas com maior inflamação gengival. |