Características químicas e físicas de diferentes tipos de milho segregados em mesa densimétrica e sua influência sobre o valor nutricional para frangos de corte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Komatsu, Glaucia Samira Napty
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-22082018-100515/
Resumo: O milho é o principal alimento energético utilizado nas rações de frangos de corte e de aves em geral na maioria dos países. Os principais componentes do grão de milho são o endosperma, rico em amido, mas também contendo proteínas, e o gérmen, rico em lipídios e proteínas; além desses componentes, o pericarpo e a ponta do grão são ricos em materiais fibrosos, hemicelulose e celulose. Nas rações à base de milho, este cereal é maior fornecedor de energia disponível para as aves e, como a energia representa o maior custo das rações, existe um interesse imediato de se utilizarem valores precisos de energia metabolizável na sua formulação. Entretanto, existem tipos bastante distintos de grãos de milho sendo produzidos, especialmente quanto à textura do endosperma, representados por grãos dentados, com maior proporção de endosperma farináceo, grãos semi-dentados e grãos duros, com maior proporção de endosperma vítreo. As variações no valor nutricional, principalmente valor energético, dos diferentes tipos normalmente não são exploradas na indústria de rações. Na literatura, existem indicações de que milho de densidade alta segregado em mesa densimétrica contém maior valor de energia metabolizável do que a fração correspondente de baixa densidade, mas os motivos não são esclarecidos. Com base nesses fatos, foi desenvolvido este projeto em que foram produzidos, sob condições de cultivo semelhante, três híbridos de milho de grãos duros, semiduros e dentados. Foi feita colheita manual e debulha mecanizada, sendo o milho de grãos semiduros foi usado como padrão e os grãos duros e dentados foram segregados em mesa densimétrica para separar 25% do total como densidade alta e 25% como densidade baixa. Espigas dos três materiais foram colhidas inteiras e foram separadas em base, meio e ponta par caracterização dos grãos. Nas diferentes frações obtidas foram feitas determinações de energia bruta e composição bromatológica e determinações físicas do peso específico, peso hectolítrico, peso de mil grãos, peso relativos das partes (endosperma, gérmen, pericarpo mais ponta), forma (altura, largura e profundidade) e vitreosidade do endosperma. Os milhos duro, semiduro e dentado e as frações de alta e baixa densidade dos milhos duro e dentado foram utilizados em um ensaio de metabolismo com frangos de corte de 20 a 29 dias de idade, com 9 repetições, para determinação da energia metabolizável aparente corrigida para o balanço de nitrogênio EMAn). Na análise estatística do ensaio de metabolismo foi feita análise de variância e comparação de médias por contrastes ortogonais; para as demais variáveis foram aplicadas técnicas de análise multivariada de agrupamentos, de componentes principais e de correlações simples. O peso hectolítrico dos diferentes tipos de milho refletiu adequadamente seu peso específico, variando de 683 a 768 g/L para o milho dentado e de 778 a 802 g/L para o milho duro, sendo o semiduro intermediário. A EMAn variou de 3,109 a 3,194 kcal/g para o milho dentado e de 3,141 a 3,211 kcal/g para o milho duro. Considerando-se todas as características avaliadas, ficaram evidentes os agrupamentos para as diferentes frações dentro de cada um dos tipos, duro e dentado, e dentro de cada tipo os agrupamentos entre grãos de alta densidade com os da base e meio da espiga e os grãos de baixa densidade com os da ponta da espiga. Também, o peso específico, peso hectolítrico, vitreosidade, porcentagem de gérmen e porcentagem de lipídios foram mais determinantes para os grãos duros do que para os dentados, com maior impacto sobre a EMAn.