Quando as ideias se encontram: ressonâncias de Locke no pensamento de Dewey

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Biasotto, Karine
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Conhecimento; Educação; Education; Experience; Experiência; John Dewey; John Locke; Knowledge
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48135/tde-08032022-144418/

Nesta tese analisamos as relações entre o pensamento de John Locke (1632-1704) e John Dewey (1859-1952). Nosso objetivo consistiu em identificar traços do pensamento de Locke na filosofia de Dewey com a finalidade de entender a conexão entre as teorias elaboradas pelos dois autores. Para atingir esse desígnio, levamos em consideração que o pensamento intelectual transpõe fronteiras temporais e espaciais. Assim, foi possível analisar como teorias elaboradas em um determinado espaço geográfico podem ser reorganizadas de modo a refletir expressões locais de outras nações e em outro tempo histórico. Desenvolvemos esse trabalho em cinco capítulos. Nos dois primeiros, discutimos o significado de conhecimento, experiência e política para os dois autores. O terceiro e o quarto capítulo, dedicamos às discussões a respeito da educação sob o olhar de cada autor. E, finalmente, no último capítulo trabalhamos com a conexão entre os pensamentos dos dois filósofos mediante categorias operatórias relacionadas a três grandes eixos: sociedade, educação e epistemologia. A partir delas, foram feitas as apreciações sobre o pensamento dos dois autores. Para isso, priorizamos como fonte de pesquisa as obras dos próprios autores: Ensaio acerca do entendimento humano (1689), Segundo tratado sobre o governo civil (1689) e Alguns pensamentos sobre a educação (1693), de Locke. A criança e o programa escolar (1902), Democracia e educação (1916), Experiência e educação (1938), Liberdade e cultura (1939), Meu credo pedagógico (1897), A escola e a sociedade (1899), Como pensamos (1910), Reconstrução em filosofia (1920), A natureza humana e a conduta (1922) e Arte como experiência (1934), de Dewey. Quanto aos resultados aos quais chegamos, ressaltamos que ambos os autores se valem de conceitos com idêntica denominação, atribuindo a eles significados com algumas diferenças, o que indica não apenas uma reelaboração do conhecimento, mas também uma continuidade das mesmas ideias.