Efeito da terapia combinada de realidade virtual e estimulação transcraniana em crianças e adolescentes com paralisia cerebral: influência no sistema nervoso autônomo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Fontes, Anne Michelli Gomes Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-31012024-131455/
Resumo: Introdução: Pessoas com Paralisia Cerebral (PC) apresentam diversas desordens motoras e autonômicas que prejudicam o desempenho funcional, sendo assim inseridas em diferentes programas para melhora da qualidade de vida e das habilidades essenciais. Assim o uso de terapias combinadas como intervenção é uma possibilidade crescente por potencializar os efeitos clínicos e possibilitar resultados mais efetivos e duradouros. Atualmente, o uso combinado de estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) e realidade virtual (RV) tem sido adotado para melhorar a funcionalidade em diferentes condições neurológicas. Objetivo: Verificar o efeito da terapia combinada de realidade virtual (RV) e estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) na variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em crianças e adolescentes com paralisia cerebral. Método: Participaram do estudo crianças e adolescentes com diagnóstico de PC com idade entre 4 e 15 anos, alocados em dois grupos: G1 (ETCC ativa + RV) e G2 (ETCC sham + RV), no qual realizaram um protocolo de 20 sessões com utilização de washout e inversão de grupos para ambos os grupos. O protocolo foi composto pela aplicação de ETCC (ativa ou sham ) simultaneamente a RV, no qual foi realizado a captação da VFC antes (10 minutos), durante (20 minutos) e após a intervenção (10 minutos). Para efeitos de longo-prazo, as avaliações foram realizadas antes do protocolo, durante e após ( follow-up ). Resultados: 27 participantes com 9,33 + 4,06 anos concluíram o protocolo (G1: n=15; G2: n=12). Para os índices de VFC, observou-se efeito significativo para o fator Dias (SDNN: p = 0,029; rMSSD: p = 0,001; pNN50: p = 0,001; SD1: p = 0,001), no qual houve um aumento da variabilidade global e parassimpática no grupo G1 e uma redução no grupo G2. Não houve significância estatística para os demais fatores (Grupo e Momentos) e na interação entre eles (Grupo vs . Momento, Grupo vs . Dias, Grupo vs . Momento vs . Dias). Conclusão: Nossos resultados mostraram que a terapia combinada de ETCC e RV promoveu um aumento da VFC no grupo ETCC ativo + RV (G1) e uma redução no grupo ETCC sham + RV (G2), mantendo os resultados após um mês da intervenção