Resumo: |
O objetivo principal do presente estudo foi o de obter as elasticidades da demanda de carne bovina no mercado brasileiro. O modelo utilizado para a obtenção dessas elasticidades segue uma abordagem integracionista (considera a inter-relação de todos os bens e serviços) e se fundamenta no conceito de separabilidade homogênea da função de utilidade. Com dados do período 1957-87, a função de demanda foi ajustada pelo método de mínimos quadrados, com as variáveis expressas nos números naturais. As elasticidades encontradas foram: direta: curto prazo = -0,48, longo prazo = -1,09; cruzada com preço de frango: curto prazo = 0,10, longo prazo = 0,22; cruzada com preço de suíno: curto prazo = 0,33, longo prazo = 0,67. O coeficiente da variável preço de frango apresentou-se não significativo o que atribuiu-se a problemas de ordem econométrica ou de qualidade dos dados utilizados. As elasticidades de curto prazo encontradas permitem concluir que variações na renda dos consumidores têm baixa influência no consumo de carne bovina. Conquanto o sinal positivo do coeficiente da variável preço de carne suína indique que esta carne e a bovina sejam produtos substitutos, verifica-se que o consumo de carne bovina é também pouco sensível às variações nos preços de carne suína. A quantidade demandada de carne bovina é mais sensível às variações ocorridas em seu preço, no preço de carne suína e na renda dos consumidores à medida que o tempo se alonga. O valor do coeficiente de ajustamento (δ), calculado a partir do coeficiente da variável consumo de carne bovina defasado, indica que 44,4% da diferença entre a demanda observada e a desejada é eliminada em um período. O tempo necessário para a demanda observada atingir 98% da desejada, foi calculado em 6 anos e 8 meses |
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