Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Perrella, Rodrigo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5153/tde-22092022-165252/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O real impacto do posicionamento do paciente para nefrolitotripsia percutânea (NLP) não é totalmente compreendido e permanece controverso na literatura científica. Nas comparações de posicionamento para tratamento de cálculos simples, as técnicas nas posições prona e supina parecem semelhantes, mas não há consenso ou dados de qualidade para afirmar se uma técnica é superior a outra no tratamento de cálculos renais complexos, em que cirurgias são mais longas e com maiores taxas de complicação. OBJETIVO: Comparar os resultados da NLP em posição supina (SUP) e da NLP em posição prona (PRO) para o tratamento de cálculos complexos. MÉTODOS: Um ensaio clínico randomizado de não inferioridade foi realizado. Os critérios de inclusão foram pacientes com mais de 18 anos com cálculos complexos [definidos como Guy\'s Stone Score (GSS) 3 ou 4]. SUP foi realizada na posição Barts Flank Free com acesso preferencial pelo cálice inferior e PRO foi realizada na posição ventral clássica com acesso preferencial pelo cálice superior. Excluindo o posicionamento e o cálice de entrada, todos os parâmetros cirúrgicos foram idênticos. O desfecho primário foi a comparação da taxa de sucesso imediata (ausência de fragmentos > 4 mm na tomografia realizada no primeiro pós-operatório). O desfecho secundário foi a comparação final da taxa livre de cálculos (nenhum fragmento na tomografia computadorizada do nonagésimo pós-operatório). Também comparamos as variáveis demográficas [sexo, idade, índice de massa corporal (IMC), escore ASA, GSS], variáveis operatórias (número de punções, acesso supracostal, tempo operatório, tempo de nefroscopia, tempo de internação) e segurança (complicações intra e pós-operatórias). P < 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. RESULTADOS: No total, 112 pacientes foram randomizados. As características demográficas e basais foram comparáveis. A taxa de sucesso imediata foi semelhante entre PRO e SUP (57,1% VS. 62,5%, respectivamente, p = 0,563; IC 95%: 50,1% -69,0%). A diferença observada entre os grupos foi de -5,4%, inferior ao limite predefinido de 15%, e SUP foi considerada não inferior à PRO. SUP teve um tempo operatório menor (117,9 ± 39,1 vs. 147,6 ± 38,8; p < 0,001, minutos). PRO teve uma taxa maior de complicações torácicas (14,3% vs. 3,6%; p = 0,045) e Clavien 3 (14,3% vs. 3,6%; p = 0,045) e um tempo de internação mais longo [mediana (mín-máx) 45,4 h (30,2 - 238,2) vs. 43,3 h (20,3 - 165,0), p = 0,049]. CONCLUSÕES: Neste estudo randomizado, o posicionamento do paciente durante o PCNL para cálculos renais complexos não afetou as taxas de sucesso; consequentemente, tanto a posição supina como a prona podem ser adequadas para tratar tais casos. Além disso, o posicionamento supino pode estar associado a uma menor taxa de complicações de alto grau do que em posição ventral |