Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1982 |
Autor(a) principal: |
Pozar, Gilberto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20220207-204923/
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Resumo: |
O presente trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos da inclinação das folhas de milho (Zea mays L.), sobre a produção de grãos e o índice de espigas. Foram empregadas três populações de porte alto, de mesma base genética, porém, contrastantes quanto à orientação de suas folhas: a. população com folhas "normais", caracterizando-se por apresentar as folhas flácidas e orientadas horizontalmente; b. população com folhas "sem lígula", obtida pela introdução dos genes "liguleless-2" e "Liguleless-3", caracteriza-se por apresentar as folhas orientadas verticalmente, inseridas no colmo à um ângulo agudo; e c. população com folhas "espetadas", caracterizando-se por apresentar as folhas erectas e rígidas em todo o seu comprimento, porém, inseridas no colmo à um ângulo normal. Foram utilizados quatro espaçamentos entre linhas: 0,60, 0,80, 1,00 e 1,20 metros com 0,20 metros entre plantas em todos os espaçamentos. Duas cultivares comerciais, o Piranão e o e 5005-M, foram incluídos nos ensaios com a finalidade de se avaliar o potencial de produtividade das três populações em estudo. Os resultados relativos ao caráter índice de espigas indicaram que entre as três populações, os índices médios de espiga das populações com folhas "sem lígula" e "espetada" foram iguais (0,76), porém, significativamente maiores que a da com folhas "normais" (0,63), no espaçamento de 0,60 metros. Com o aumento do espaçamento entre linhas, entretanto, essas diferenças tornaram-se gradativamente menores. Assim, no espaçamento de 0,80 metros, os índices médios de espiga foram 0,91, 0,87 e 0,83 e no espaçamento de 1,00 metro foram de 0,94, 0,91 e 0,93 para as populações com as folhas "sem lígula", "espetada" e "normal", respectivamente. Nenhuma dessas diferenças foram significativas. Esses resultados indicam que a orientação das folhas numa posição mais vertical foi efetiva em promover uma diminuição no número de plantas estéreis com a diminuição do espaçamento entre linhas. Com relação ao caráter produção de grãos, os resultados mostraram que a população com folhas "sem lígula" foi superior à população com folhas "normais" em 17,5% e 2,0%, nos espaçamentos de 0,60 e 0,80 metros, respectivamente. Já a população com folhas "espetadas" produziu 5,8% mais e 17,7% menos grãos que a população "normal", respectivamente, nesses espaçamentos. No espaçamento de 1,00 metro, no entanto, a população com folhas "normais" produziu 17,2% e 21,1% em relação às populações com folhas "sem lígula" e "espetada", respectivamente. Não se detectou significância para nenhuma dessas diferenças. A interação das três populações com espaçamento não foi, porém, significativa. Os espaçamentos afetaram significativamente a produção de grãos. As respostas para produção de grãos das três populações à variação do espaçamento entre linhas, entre tanto, foram diferentes. A população com folhas "espetadas" respondeu linearmente ao aumento do espaçamento. A população com folhas "normais" obteve uma resposta quadrática. A população com folhas "sem lígula" não respondeu significativamente à variação no espaçamento. Esses resultados indicam a importância da inclinação vertical das folhas em promover uma maior tolerância à diminuição do espaçamento entre linhas e/ou aumento da densidade de plantio, salientando a importância dessa característica na seleção de genótipos mais tolerantes a plantio densos. |