Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Lara dos Santos Martins da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9132/tde-15022023-134255/
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Resumo: |
A obesidade está associada ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis como hipertensão, resistência insulínica, dislipidemia e esteatose hepática. O consumo de compostos bioativos impacta na manutenção da saúde e na prevenção de risco de desenvolvimento dessas doenças. Entre os compostos bioativos, os monoterpenos são pouco investigados, apesar da literatura demonstrar efeitos promissores desses compostos sobre o metabolismo. O D-limoneno, o principal monoterpeno encontrado na laranja, é caracterizado por possuir efeitos hipolipemiantes, anti-inflamatórios e anti-obesogênicos. Estudos in vitro e in vivo descrevem sua capacidade de promover a β-oxidação de ácidos graxos em adipócitos e redução da inflamação. Este estudo teve como objetivo investigar o efeito do D-limoneno no metabolismo e inflamação em um modelo de obesidade induzida por dieta. Para isso, quarenta camundongos machos (C57/Bl6) de 11 semanas de idade, foram distribuídos em 4 grupos, sendo que um dos grupos recebeu ração normolipídica e os demais, ração hiperlipídica. O D-limoneno foi suplementado na ração de dois grupos que receberam dieta hiperlipídica nas concentrações de 0,1%, e 0,8%. Considerando-se a ingestão alimentar dos animais, a ração suplementada com 0,1% D-limoneno correspondeu à ingestão de 0,15 g/kg/dia e ração com 0,8% de D-limoneno correspondeu a 1,3 g/kg/dia. Os animais tiveram o peso e a ingestão alimentar monitorados ao longo da intervenção com duração de 7 semanas. Os camundongos que receberam D-limoneno a 0,1% apresentaram menor ganho de peso e de acúmulo de tecido adiposo, comparado com os animais sem suplementação alimentados com a dieta hiperlipídica. Além disso, o D-limoneno promoveu a diminuição da concentração plasmática de marcadores inflamatórios incluindo TNF-α, INF-γ e IL-6 nos animais dos grupos que foram suplementados com D-limoneno. Entretanto, não houve diferença nos marcadores bioquímicos e metabólicos. Uma limitação do estudo foi o fato das complicações metabólicas associadas ao modelo de obesidade não terem sido plenamente estabelecidas, dados o alojamento individual, à curta duração da exposição à ração hiperlipídica e idade dos animais no início da suplementação. Esse fato pode ter dificultado a observação dos efeitos do D-limoneno na reversão dos parâmetros que seriam normalmente deteriorados pelo desenvolvimento da obesidade. Concluímos que o D-limoneno pode interferir no metabolismo energético, com possível efeito anti-obesogênico e anti-inflamatório. Devido às limitações do modelo, são necessários mais estudos para confirmar esses resultados. |