Barreiras à adoção das certificações sustentáveis por parte de empresas de bens de consumo: uma proposta de sistematização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Dalmarco, Denise de Abreu Sofiatti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-13062017-143604/
Resumo: As certificações sustentáveis são consideradas um caminho possível para alavancar um consumo mais sustentável por parte dos consumidores, por meio da comunicação, nas embalagens dos produtos, de atributos socioambientais que eles carregam, verificados por uma terceira parte. Considerando as relações entre empresas, as certificações também podem apoiar organizações que desejam implementar políticas sociais e/ou ambientais, assegurando a rastreabilidade de sua matéria-prima e/ou a qualidade de seu processo produtivo. Porém, nota-se que ainda há diversas barreiras para uma maior adoção destas certificações, seja por parte dos consumidores, que não os reconhecem, não compreendem suas mensagens, ou não os valorizam no momento da compra; seja por parte das empresas, que ainda não conseguiram identificar os reais benefícios de sua adoção, seja por falta de demanda de mercado, ou pela falta de comprovação da efetiva redução de seus impactos socioambientais. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo fazer uma sistematização das barreiras que dificultam a utilização das certificações sustentáveis por parte de empresas de bens de consumo. Foram levantadas diversas barreiras às certificações, sem ser possível encontrar uma iniciativa de consolidação e sistematização das mesmas. Para avançar o conhecimento relacionado ao tema, procedeu-se a análise de dois casos de certificações relevantes no Brasil, o Forest Stewardship Council (FSC) e o \"I´m Green\". Os principais resultados alcançados foram: i) a atualização da listagem de barreiras previamente levantada; ii) a primeira proposta de classificação das barreiras às certificações sustentáveis; e iii) o primeiro mapeamento da atuação das barreiras de acordo com o stakeholder envolvido no processo. Nota-se que os obstáculos enfrentados pelas empresas de bens de consumo são principalmente referentes à sua relação com seus fornecedores de insumo e os padronizadores, além de diversas questões internas à organização. Observa-se, também, que as barreiras comuns às duas certificações estudadas estão concentradas na fase inicial de adoção das mesmas, e são oriundas, em sua maioria dos stakeholders externos. Já as barreiras específicas de cada certificação tem algumas particularidades: no caso do FSC elas estão concentradas na fase de implementação, e envolve uma gama maior de stakeholders; e no caso \"I´m Green\" há uma dispersão entre a fase anterior de implementação, e a fase de implementação, propriamente, sendo que elas são focadas no fornecedor. O presente estudo abriu espaço para uma maior compreensão sobre como a questão da rotulagem sustentável vem sendo considerada no ambiente corporativo, podendo ser endereçado de diversas formas pela academia, pelas empresas, pelos padronizadores e pelos demais envolvidos com o tema.