Expressão de genes da via MEP/DOXP de Leifsonia xyli subsp. xyli e sua relação com a produção de carotenóides e síntese de um composto inibidor do movimento estomatal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Faria, Raphael Severo da Cunha Antunes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11151/tde-11052022-181420/
Resumo: A cana-de-açúcar é cultivada globalmente, mas 30% de sua produção se concentra nas américas sendo o Brasil o maior produtor mundial. Nesta cultura existem diversos patógenos que são capazes de minar sua produção e dentre elas destaca-se o raquitismo-da-soqueira causado pela bactéria Leifsonia xyli subsp. xyli (Lxx). A doença possui sintomas característicos como o encurtamento dos entrenós e a redução no diâmetro e comprimento dos colmos, porém não são específicos da doença podendo ser confundidos com outras doenças ou ainda com sintomas de seca. Desde o sequenciamento do seu genoma aventa-se a possibilidade da bactéria secretar um composto análogo ao ácido abscísico onde então já foi relatado alguns efeitos tóxicos dos extratos de Lxx a sementes de alface. Neste contexto, os objetivos deste trabalho foram analisar a expressão in vitro dos genes da rota MEP/DOXP de Lxx, dos genes do operon carotenóide e do gene desA, analisar a presença de pigmentos carotenóides por absorbância e analisar os efeitos do extrato de Lxx no fechamento estomático de mutantes para ácido abscísico de Micro-tom (MT) na presença de polietilenoglicol 6000 (PEG6000), fosmidomicina e em ambos juntos. A expressão gênica mostrou que o PEG6000 eleva a expressão de todos os genes quando comparado ao controle enquanto que a adição de fosmidomicina inibe a expressão de quase todos os genes, com exceção do gene dxs e desA. O tratamento com ambos os compostos resultou numa expressão mais elevada que o controle, porém com menor grau que somente com PEG6000. A análise da presença de pigmentos carotenóides por absorbância mostrou um pico elevado e claro na faixa de 400nm no tratamento controle o um pico claro, mas não muito grande no tratamento com PEG6000 e fosmidomicina. Nos tratamentos com PEG6000 e fosmidomicina isoladamente não foi possível identificar um pico característico. Os extratos aplicados nos mutantes de MT tiveram resultados semelhantes mostrando um maior fechamento no extrato com tratamento de PEG6000 e um menor fechamento com fosmidomicina. Os extratos dos tratamentos controle e com adição simultânea de PEG6000 e fosmidomicina tiveram valores similares. Estes resultados corroboram para a hipótese da predição genômica de que Lxx produz um composto tóxico análogo ao ácido abscísico, mostrando a relação genética com efeitos fisiológicos e auxilia no avanço da compreensão dos sintomas causados por Lxx.