Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Soares, Ana Raquel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-17072008-154409/
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Resumo: |
Duas espécies de Colletotrichum podem causar antracnose em goiabas: C. gloeosporioides e C. acutatum. Apesar de ser a principal doença pós-colheita da cultura, a influência de variáveis ambientais no seu desenvolvimento é desconhecida. O objetivo do presente trabalho foi determinar a influência das variáveis ambientais no desenvolvimento in vitro e nos processos de infecção e colonização dos fungos Colletotrichum gloeosporioides e C. acutatum em goiabas. A germinação e a formação de apressórios foram determinadas sob temperaturas de 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40 ºC, com períodos de molhamento de 6, 12 e 24 horas, sob escuro contínuo. Nos experimentos in vivo, goiabas \"Kumagai\" e \"Pedro Sato\" foram inoculadas, por ferimento, com suspensão de conídios das duas espécies e incubadas em câmaras de crescimento a 15, 20, 25 e 30 ºC e períodos de molhamento de 6 e 24 horas. Avaliou-se a incidência de frutos doentes, o diâmetro das lesões, a taxa de progresso da doença e os períodos de incubação e latência. Nas goiabas \"Kumagai\" também foi avaliada a influência dos estádios de maturação dos frutos no progresso da doença. Não houve germinação a 40 ºC em nenhuma das duas espécies. A faixa favorável à germinação e à formação de apressórios in vitro foi de 15 a 30 ºC para C. gloeosporioides, com máximo a 25 ºC e de 20 a 25 ºC para C. acutatum, com máximo a 20 ºC. Para C. acutatum, a germinação foi mais sensível a variações no período de molhamento, sendo significativamente menor com 6 horas em relação a 12 e 24 horas. Nos experimentos in vivo, temperaturas de 25 e 30 ºC e 24 horas de molhamento foram mais favoráveis para as variáveis analisadas em goiaba \"Kumagai\". Os diâmetros máximos de lesão foram de 4,0 cm para C. gloeosporioides e 4,1 cm para C. acutatum, em frutos em ponto de colheita, incubados sob temperatura de 25 ºC. A maior incidência da doença (100%) ocorreu 10 dias após a inoculação, a 30ºC e 24 horas de molhamento. O menor período de incubação foi de 7 dias para as duas espécies, observado a 30 ºC e o menor período de latência foi de 10 e 9 dias para C. gloeosporioides e C. acutatum, respectivamente, sob temperaturas de 25 ou 30 ºC. Em goiabas \"Pedro Sato\", as temperaturas entre 20 e 30 ºC e 24 horas de molhamento foram mais favoráveis. Os diâmetros máximos de lesão foram de 3,3 cm para C. gloeosporioides e 3,2 cm para C. acutatum sob temperatura de 25 ºC. A maior incidência da doença (100%) ocorreu 10 dias após a inoculação, a 25 e 30ºC sob 6 horas de molhamento. O período de incubação foi de 7 dias para as duas espécies entre 20 e 30 ºC e o período de latência foi de 8 dias para C. gloeosporioides e 9 dias para C. acutatum sob temperaturas de 25 e 30 ºC. As condições requeridas para as duas espécies fúngicas foram semelhantes, embora o intervalo de favorabilidade seja mais amplo na goiaba \"Pedro Sato\". |