Desigualdades no mercado de trabalho da América Latina: a discriminação por sexo entre os trabalhadores com ensino superior no Brasil e México

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Tatei, Fabio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/84/84131/tde-18122012-105148/
Resumo: Este trabalho se constitui em uma contribuição à análise empírica da discriminação salarial contra as mulheres que possuem ao menos o nível superior completo no Brasil e no México. A escolha do tema deve-se ao fato de que a discriminação salarial negativa contra as mulheres no mercado de trabalho diminuiu lentamente nos últimos 20 anos, mas persiste na maioria dos países a despeito do aumento expressivo de mulheres no mercado de trabalho, inclusive ocupadas que possuem formação educacional de nível superior. Os países em tela, por sua vez, foram selecionados por dois motivos. O primeiro em virtude de ambos apresentarem economias dinâmicas e estruturas produtivas diversificadas, mas com elevadas desigualdades sociais e de gênero. O segundo motivo refere-se à disponibilidade de fontes de microdados compatíveis que permitem a construção de amostras comparáveis entre os dois países, em período e categorias de análise similares - da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e Encuesta Nacional de Ocupación y Empleo (ENOE) no ano de 2008. Esse fato possibilitou mensurar os determinantes e impactos da discriminação por sexo no mercado de trabalho. Aplicou-se a técnica de Oaxaca-Blinder para a estimativa do grau de discriminação em cada um dos países, e os principais resultados revelam que, para ambos os países, o componente de discriminação é menor entre os trabalhadores com ensino superior completo do que para o restante da população, apesar dessa categoria apresentar hiatos de renda superiores perante os demais trabalhadores. Ademais, verificou-se que a discriminação entre os trabalhadores ocupados em postos compatíveis com sua qualificação é relativamente inferior, sobretudo no México.