Prospecção de bioativos farmacológicos em algas marinhas Rhodophyta e Heterokontophyta e avaliação de citotoxicidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Andreguetti, Daniel Xavier
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9141/tde-19112015-102536/
Resumo: Muitas drogas terapêuticas produzidas pela indústria farmacêutica são estruturas químicas isoladas de organismos encontrados na natureza ou moléculas baseadas nelas. Podem ser incluídas nesse grupo drogas isoladas de organismos marinhos, como corais, esponjas e algas marinhas, conhecidos como produtores de grandes quantidades de metabólitos secundários. Com base neste fato o presente estudo teve como objetivo realizar a prospecção de moléculas bioativas com propósito farmacológico, em extratos de algas marinhas vermelhas (Rhodophyta) e pardas (Heterokontophyta) coletadas no litoral brasileiro. A prospecção foi realizada por meio de avaliação de seus potenciais antioxidante, antibacteriano, antifúngico, anticancerígeno, e antiparasitário contra organismos causadores de leishmaniose e esquistossomose. Para as avaliações foram empregadas os extratos supercríticos de 5 espécies diferentes, sendo 2 pardas: Dictyota dichotoma e D. menstrualis e três vermelhas: Chondria littoralis, Spyridia hypnoides e Plocamium brasiliense. Os extratos foram avaliados quanto aos seus potenciais bioativos e os resultados mais promissores foram selecionados para as etapas seguintes do fracionamento. Em uma avaliação geral os extratos apresentaram bons resultados e representam uma potencial fonte de bioativos. Os extratos das espécies de D. dichotoma e D. menstrualis foram então submetidos a um procedimento de fracionamento bioguiado pela atividade esquistossomicida. Incorporou-se ainda um terceiro extrato de D. mertensii aos estudos e todas as etapas do fracionamento foram monitoradas por LC-MS. Comparando-se as massas detectadas em todas as frações que apresentaram atividade, para os 3 extratos, foi verificado que a substância de m/z 271,24 estava presente em todas elas, portanto os procedimentos de isolamento foram direcionados a esta molécula para a qual foi possível isolar 7 mg. Diferentemente do que era esperado a molécula quando avaliada isoladamente não apresentou atividade esquistossomicida, levando a hipótese de que a atividade seja decorrente de uma molécula diferente para cada espécie ou ainda que a mesma seja decorrente de uma interação com outras substâncias por um mecanismo de ação aditivo ou sinérgico. O trabalho avaliado de forma geral apresentou resultados promissores e representa um grande embasamento para servir como base para posteriores trabalho de fracionamento.