O espaçamento dos terraços em culturas anuais determinado em função das perdas por erosão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1957
Autor(a) principal: Bertoni, José
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-143556/
Resumo: A finalidade deste estudo é apresentar uma tabela de terraços baseada nos dados experimentais de perdas por erosão obtidos em nossos solos, e que possa ser útil aos nossos técnicos conservacionistas. As determinações de perdas por erosão nos principais tipos de solo do Estado de São Paulo iniciaram-se há pouco mais de 10 anos, com sistemas coletores instalados em algumas das estações experimentais do Instituto Agronômico. Utilizando os dados assim obtidos, numa média de 10 anos de observações, em talhões de diferentes comprimentos de rampa e diferentes graus de declive, com culturas anuais, determinou-se uma equação que permite calcular as perdas de terra, em média, para os diferentes graus de declive e comprimentos de rampa. Levando-se em conta não só as perdas de terra e de água, obtidos nos talhões coletores, como também o teor de terra na enxurrada, foi determinada a posição média relativa para esses três fatores, considerados conjuntamente. Os dados assim conseguidos foram estudados com relação ao grau de declive e ao comprimento de rampa, e a equação resultante foi denominada de “Índice de Erosão”. Como o terraceamento se baseia, essencialmente, no efeito do grau de declive e do comprimento de rampa, com a equação do “Índice de Erosão” foi organizada uma tabela para espaçamento de terraços. Por este estudo, as seguintes conclusões podem ser tiradas: a) duplicando o grau de declive, as perdas de terra são aumentadas de 2,26 vezes, e o “Índice de Erosão” de 1,57 vezes; b) duplicando o comprimento de rampa, as perdas de terra são aumentadas de 3,09 vezes, e o “Índice de Erosão” de 1,83 vezes; c) as posições médias relativas, referentes às por erosão, dos solos tipo Arenoso e Massapê são superiores em cerca de 30% e 20%, respectivamente, comparados com o solo Terra-roxa; d) para utilização prática, o “índice de Erosão” pode ser representado pela equação: E = 1,03 D0,65 C0,87 em que E = “índice de Erosão”; D = grau de declive e C = comprimento de rampa. Essa equação foi determinada de um número limitado de dados não obtidos para a finalidade deste; estudo; por conseguinte, refinamentos serão necessários; e) como aplicação prática do estudo, foram desenvolvidas as equações: EH = K (Descrito na Tese) e EV = 0,4518 K D0,58 em que EH = espaçamento horizontal entre terraços; K = uma constante para as variações de solo; D = grau de declive do terreno e EV = espaçamento vertical entre terraços.