Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Penkaitis, Gabriela |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/90/90131/tde-29032012-121843/
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Resumo: |
A disposição de areia de fundição em áreas não licenciadas foi uma prática até pouco tempo empregada por muitas empresas do setor. Em função dessa prática estuda-se nessa dissertação um passivo ambiental produzido em uma área no estado de São Paulo, que recebeu resíduos de fundição e pouco se sabe sobre o impacto ao meio ambiente ocasionado pela disposição inadequada desse material. O presente trabalho propõe avaliar potenciais impactos no meio ambiente pela disposição deste resíduo em um aterro não controlado de uma indústria de fundição e promover análise crítica diante das atuais normas e ferramentas de análises de impactos ambientais e classificação de resíduos sólidos, verificando eventuais conflitos entre as atuais ferramentas aplicadas. Para essa avaliação, foram empregadas algumas ferramentas de investigação científica como Microscopia Eletrônica de Varredura compreendendo análise morfológica e química qualitativa do resíduo depositado, análise granulométrica e análise química das águas subterrâneas, a partir de amostragens realizadas em campo e dados fornecidos por empresa de recuperação ambiental que atua na área. Assim foram obtidos dados que permitiram caracterizar a área, monitorar a qualidade das águas subterrâneas dentro e no entorno do aterro e caracterizar o resíduo sólido em questão, onde se analisou as questões ambientais e legais com base nas atuais normas e ferramentas de gestão de áreas contaminadas e resíduos sólidos. Os dados obtidos a partir das análises das amostras de água e resíduo demonstram clara e forte concentração de metais nas águas (ferro, manganês, boro e selênio) e no resíduo (cromo, cobre, cobalto, níquel, zinco, alumínio, ferro, manganês), no caso desse último, dentro dos limites da atual normatização para classificação, identificando-o como resíduo não perigoso. Ainda que esse não seja considerado perigoso, a identificação de elementos nas águas em concentrações acima do permitido compromete a qualidade ambiental do local, colocando em risco a população do entorno, visto que em suas adjacências algumas propriedades realizam cultivo agrícola, além de extrair água do subsolo. Evidenciase, a partir desse cenário, a necessidade de estreitamento técnico entre as atuais normas e ferramentas de análises de impacto ambiental e classificação de resíduos sólidos, permitindo realizar avaliações de passivos gerados pela disposição inadequada de resíduos que levem em consideração suas possíveis interações com o ambiente ao longo de seu tempo de exposição. |