Alterações mecânicas e fisiológicas induzidas por um teste anaeróbio de esforços repetidos de alta intensidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Andrade, Vitor Luiz de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-02072015-125147/
Resumo: O objetivo da presente dissertação é avaliar o comportamento biomecânico, fisiológico e o processo de instauração da fadiga durante a após o Running Anaerobic Sprint Test (RAST). Participaram do estudo 16 voluntários (média ± desvio padrão; 22,1 ± 3,1 anos, massa corporal de 78,6 ± 22,9 kg e 186,1 ± 10,1 cm de estatura). Os participantes foram submetidos a monitoramento biomecânico e fisiológico, bem como avaliações neuromusculares. Em todos os casos foi feito um aquecimento com duração de 5 min. Após 120 s do aquecimento os indivíduos realizaram seis esforços máximos de 35 m separados por intervalos passivos de 10 s (RAST). Durante os esforços, duas câmeras captaram o desempenho por análise cinemática bidimensional enquanto que mais 12 câmeras foram posicionadas para análise cinemática tridimensional nos dez metros finais de cada esforço, durante e após os esforços foram determinadas as concentrações de lactato ([Lac]). A técnica de Twitch Interpolation (TIP) foi utilizada para as avaliações neuromusculares. O desempenho apresentou diferença a partir do quinto (5,1 ± 0,1 s) esforço, juntamente com os modelos de índice de decaimento do desempenho (IF% 19,2 ± 9,4%; IFREAL 19,3 ± 10,9%;). As [Lac] do quarto esforço (6,1 ± 1,9 mM) foram diferentes de todas as outras (p < 0,01). Apenas o tempo de fase aérea (TF) do quinto esforço (0,16 ± 0,03 s) foi diferente em relação ao primeiro e segundo esforço (0,12 ± 0,01 s; 0,13 ± 0,02 s; p < 0,05. Neste caso o RAST oferece estabilização do desempenho e da mecânica independentemente da [Lac]. Para o estudo dois, quando testadas as correlações com o desempenho, o tempo mínimo (TMin) (4,43 ± 0,37 s) interagiu negativamente com o desvio padrão da altura do centro de massa (CM; CMzSTD), ângulo do tornozelo no toque (tornTOQ¬) em todos os esforços. A [Lac]Pico foi correlacionado com a frequência de passos (FP) nos dois primeiros esforços (p < 0,01), o comprimento do passo (CP) (p < 0,05), o TF, a velocidade do CM no toque (VyTOQ) e na retirada (VyRET) no primeiro esforço (p < 0,05). Desse modo, pode-se concluir que o RAST altera a mecânica de corrida e, além disso, o torn e CMzSTD pareceram ser fundamentais e influenciam diretamente no desempenho deste modelo. Em terceiro lugar, foram encontradas mudanças no SpringMass Model (SMM) durante o RAST. A força máxima vertical do CM (FZMAX) diminuiu (-10,3%; p < 0,05). O deslocamento vertical do CM (Z) aumentou (+60,5%; p < 0,01). Vertical Stiffness diminuiu (-42,9%; p < 0,01) e a Leg Stiffness, não mudou. A contração voluntária máxima (CVM) de extensão de joelho (-4,4%) e a ativação voluntária (AV%) (-8,5 %) não mudaram (p > 0,05), mas foram evidenciadas correlações entre da PP com a razão RMS / Mwave (r = -0,70), a PM e RMS (r = -0,77) juntamente com a razão RMS / Mwave (r = -0,75) no VL. Dessa forma, pode-se concluir que a redução do desempenho e as alterações no comportamento do esforços repetidos, dos padrões de movimento, e do SMM, podem estar fortemente ligadas às respostas neuromusculares periféricas.