Investimento direto estrangeiro e produtividade: evidências empíricas para os setores manufatureiro e bancário no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Weintraub, Daniela Baumöhl
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-07112023-165255/
Resumo: Esta Tese tem por objetivo avaliar os impactos da entrada de multinacionais sobre a produtividade da economia receptora. Na primeira aplicação empírica, referente a quinze setores da indústria de transformação brasileira, entre 1986 e 2000, procurou-se verificar a influência do investimento direto estrangeiro (FDI) sobre a produtividade, tanto do trabalho quanto dos fatores. Os resultados indicam que o estoque de FDI tem impactos positivos sobre a produtividade do trabalho, mas este resultado não se sustenta quando da inclusão das tarifas nominais de importação como variável de controle adicional. Isto corrobora urna evidência empírica conhecida na literatura, a de que a abertura comercial foi um fator decisivo para o crescimento da produtividade industrial no Brasil. A substituição da produtividade do trabalho pela produtividade total dos fatores indica a necessidade de pesquisas adicionais quanto ao peso relativo dos fatores responsáveis pelo aumento da produtividade industrial, uma vez que o coeficiente do estoque de FDI foi o único estatisticamente significante. Na segunda aplicação empírica, foram utilizados dados individuais para um painel de bancos comerciais observados entre 1990 e 2002. A produtividade total dos fatores de cada banco foi estimada e verificou-se que, para todo o período, houve um crescimento agregado de 40% nesta variável, concentrado, principalmente, entre 1994 e 1997. Os bancos com controle estrangeiro mostraram-se, em média, mais produtivos que os bancos públicos e que as filiais de bancos estrangeiros, mas não se mostraram mais produtivos que os bancos privados domésticos. Além disto, também não confirmou-se o aumento de produtividade dos bancos domésticos que foram adquiridos por bancos estrangeiros. Os resultados também sugerem uma associação positiva da produtividade com a participação de mercado do banco, e uma relação negativa com o número de agências possuídas pelo banco.