Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Patriani, Tainá Yumi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-17092024-084904/
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Resumo: |
A análise de discursos sobre as mudanças climáticas antropogênicas tem sido relevante para a compreensão da história e das respostas políticas necessárias diante do problema em uma diversidade de contextos. Dadas as demandas internacionais pela descentralização da ação climática, o trabalho procurou investigar o discurso de vereadores em relação ao fomento ou obstrução de políticas locais de mitigação. Foram realizadas entrevistas com legisladores de municípios inseridos na região das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Jundiaí e Capivari, no estado de São Paulo. Valendo-se do quadro teórico da Teoria Social do Discurso de Norman Fairclough e dos discursos de obstrução da ação climática, cinco elementos orientaram as análises: causas das mudanças climáticas, agentes, soluções, ações práticas, e efeitos da mitigação. A pesquisa integrou métodos qualitativos e quantitativos para a mineração dos textos. As análises revelaram que todos os parlamentares participantes reproduzem discursos com potencial de atrasar políticas climáticas. Os argumentos identificados caracterizam-se por questionar as causas antrópicas ou o consenso científico sobre elas; redirecionar as responsabilidades para outros agentes; render-se diante da realidade climática; promover soluções não-transformativas; ou enfatizar prejuízos da mitigação. No contexto local, potenciais efeitos desses discursos incluem a influência na opinião e apoio público sobre políticas mitigadoras, o desvio da atenção política e pública para soluções não-sistêmicas ou ainda, restritas a medidas de adaptação e resiliência. |