Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Prioli, Gildeoni |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5144/tde-06032017-153237/
|
Resumo: |
Introdução: No Brasil, a poluição do ar tem se mostrado como problema de saúde pública nesses 30 anos e assim existem áreas onde encontramos redes de monitoramento da qualidade do ar. Muito se sabe sobre o efeito dos poluentes atmosféricos na morbidade e mortalidade por doenças respiratórias e cardiovasculares em crianças e idosos. Estudos recentes de vários autores sugerem que a visibilidade seja utilizada como indicador de poluição. Objetivo: Desenvolver indicador da concentração de MP10, a partir de variáveis meteorológicas, e aplicar em estudos de epidemiologia, verificando os efeitos das partículas inaláveis na saúde, em áreas desprovidas de sistemas de monitoramento de poluição do ar. Método: Este é um estudo ecológico de séries temporais. Foram obtidas. Informações sobre dados meteorológicos (temperatura, umidade relativa, visibilidade, temperatura de ponto de orvalho) junto a Companhia de Infra-Estrutura Aero-portuária (INFRAERO) para as cidades de São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, Bauru, Presidente Prudente e Curitiba. Dados diários de MP10 foram obtidos junto a Companhia de Saneamento e Técnologia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). O número diário de internações hospitalares por doenças respiratórias (CID 10ª: 519-620, CID 10ª: J00 a J99), em crianças até 5 anos e idosos com 65 anos ou mais, e internações hospitalares por doenças cardiovasculares (CID 10ª: 329-429, CID 10ª: I00 a I99) em idosos com 65 anos ou mais, fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (DATASUS). Período de Estudo de Janeiro de 2009 a Dezembro de 2011. Foi construído indicador de MP10 a partir de modelo de regressão. Neste modelo o MP10 foi estimado a partir variáveis meteorológicas. A seguir utilizamos equação polinomial para estimar os efeitos na saúde do MP10 inalado, comparando, MP10 Medidos e o Indicador de MP10 Estimados em cidades brasileiras, utilizando como variável dependente, o número diário de internações hospitalares por doenças respiratórias e cardiovasculares em crianças e idosos. Os resultados foram expressos por aumento percentual do numero de internações e respectivos intervalos de confiança. Resultados: (1) Correlação de Pearson entre MP10 Medidos pela CETESB e o Indicador de MP10 Estimado para São Paulo (r²=0,56); Campinas (r=0,57); Ribeirão Preto (r=0,68); Bauru (r=0,73); Presidente Prudente (r=0,71); em Curitiba, não houve correlação, por falta de MP10 Medido para o período de estudo. Para todas as cidades: p<=0,01. (2) Internações por doenças respiratórias em crianças: Em São Paulo; observam-se efeitos agudos no dia da internação (Dia 0), prolongando até o primeiro (1º) dia após a exposição para o MP10 Medido pela CETESB e até o quarto (4º) dia após a exposição para o MP10 Estimado. Para 10,0 (dez) ?g/m3 de aumento no MP10 Medido observa-se aumento nas internações de 2,98 % (IC 95%: 1,22-4,78), e para o MP10 Estimado, de 1,67 % (IC 95%: 0,25-3,10). Em Curitiba observam-se efeitos agudos no dia da internação (Dia 0), prolongando até o terceiro (3º) dia após a exposição para o MP10 Estimado. Para 10,0 (dez) ?g/m3 de aumento no MP10 Estimado observa-se aumento nas internações de 2,27 % (IC 95%: 0,89-3,64). (3) Internações por doenças respiratórias em idosos: Em São Paulo; observam-se efeitos agudos no dia da internação (Dia 0), prolongando até o primeiro (1º) dia após a exposição para o MP10 Medido pela CETESB e até o terceiro (3º) dia após a exposição para o MP10 Estimado. Para 10,0 (dez) ?g/m3 de aumento no MP10 Medido, observa-se aumento nas internações de 1,00 % (IC 95%: 0,19-1,81), e para o MP10 Estimado, de 2,45 % (IC 95%: 1,13-2,45). Em Curitiba observam-se efeitos agudos no dia da internação (Dia 0), prolongando até o terceiro (3º) dia após a exposição para o MP10 Estimado. Para 10,0 (dez) ug/m3 de aumento no MP10 Estimado observa-se aumento nas internações de 2,20 % (IC 95%: 1,38-3,03). (4) Internações por doenças cardiovasculares em idosos: Em São Paulo; observam-se efeitos agudos no dia da internação (Dia 0), prolongando até o primeiro (1º) dia após a exposição para o MP10 Medido pela CETESB e até primeiro (1º) dia após a exposição para o MP10 Estimado. Para 10,0 (dez) ug/m3 de aumento no MP10 Medido, observa-se aumento nas internações de 1,63 % (IC 95%: 0,37-2,99), e para o MP10 Estimado, de 1,68 % (IC 95%: 0,65-2,73). Em Curitiba observam-se efeitos agudos no dia da internação (Dia 0), prolongando até o primeiro (1º) dia após a exposição para o MP10 Estimado. Para 10,0 (dez) ug/m3 de aumento no MP10 Estimado observa-se aumento nas internações de 2,13 % (IC 95%: 0,98-3,29). As estimativas dos efeitos na saúde para São Paulo foram semelhantes entre o MP10 Medido e MP10 Estimado, validando assim o Indicador de MP10 Estimado para a Cidade de São Paulo. Nas estimativas dos efeitos, utilizando o MP10 Estimado em Curitiba; e de modo menos semelhante em Campinas e Ribeirão Preto, porém com características similares as de São Paulo quanto á estrutura de defasagem. Em Baurú e Presidente Prudente as estimativas dos efeitos apresentaram padrão distinto das demais cidades na defasagem, talvez devido ao reduzido numero de internações hospitalares por doenças respiratórias e cardiovasculares. Conclusão: Este Modelo Indicador de MP10 Estimado para mensurar os efeitos na saúde da população se mostrou uma alternativa confiável para cidades desprovidas de monitoramento da qualidade do ar |