Desigualdades raciais em saúde: um quadro das possibilidades de interpretação e ação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pinhel, Andre Marega
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-31102024-135539/
Resumo: A presente tese tem o objetivo de construir um quadro de referência conceitual e metodológica para subsidiar estudos sobre desigualdade racial em saúde. Especificadamente a tese discute os principais problemas que envolvem a coleta de evidências sobre estas desigualdades, desde uma perspectiva quantitativa. A análise parte de uma reflexão sobre a apropriação do conceito social de raça na saúde pública para avaliar os princípios analíticos que organizam este campo. Desenvolvemos, então, uma reflexão detalhada sobre os processos de categorização racial que envolvem a coleta de dados para análise quantitativa nesta seara. Avaliamos os principais desafios que ainda se colocam para a consolidação deste campo de pesquisa, seja da perspectiva institucional ou técnica. Por fim, investigamos os efeitos gerados pela pandemia de COVID-19 para o campo de pesquisa, seja do ponto de vista da politização do discurso público ou da conformação dos principais indicadores. A abordagem adotada é exploratória/descritiva, com aporte de métodos mistos de pesquisa. Considera-se, por exemplo, análises históricas e bibliográficas, jurídico/institucionais, estatística, descritiva e inferencial, além de análise de conteúdo. Os resultados indicam que, apesar de este campo de estudos apresentar diversas lacunas conceituais e metodológicas, trabalhos que abordam a temática das desigualdades raciais em saúde estão em franca expansão, especialmente depois da pandemia. Concluímos com uma série de recomendações para melhorar a qualidade destas informações no SUS frente às lacunas evidenciadas com a análise proposta. Esperamos que a tese possa servir como referência para novos estudos que desejem abordar a temática, e que indique caminhos para mitigar os efeitos das inequidades raciais verificadas na saúde pública brasileira