O sistema produtor do Alto Tietê: um estudo toponímico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Murillo, Edelsvitha Partel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-25112009-092857/
Resumo: O objetivo desta pesquisa é a identificação e significação dos acidentes geográficos por meio do estudo dos denominativos de lugar, os topônimos. A área demarcada situa-se a leste da cidade de São Paulo e compreende os municípios de Salesópolis, Biritiba Mirim, Mogi das Cruzes e Suzano, onde estão localizados os cinco reservatórios que compõem o Sistema Produtor do Alto Tietê. A transformação do ambiente, resultante da construção de reservatórios para abastecimento de água para a Grande São Paulo, justificou a delimitação da área de trabalho. Fundamentado na metodologia do Projeto ATESP, desenvolvida por Dick (1989), este estudo propõe-se à análise e descrição das transformações do espaço físico e sua relação com o homem que ocupa e modifica este espaço, tendo por base o estudo da natureza semântica dos denominativos de lugar. A averiguação do padrão da motivação toponímica presente na região denotou valores étnico-culturais da formação da população local. Como signo lingüístico, o topônimo apresenta características próprias à sua natureza designativa, cuja definição está fundamentada em proposições teóricas da Onomástica e da Lingüística. Verificou-se que a antiguidade da ocupação da região de Mogi das Cruzes deixou marcas significativas nos denominativos geográficos, configurados, principalmente, nos hidrotopônimos de origem tupi. Esta nomenclatura que data do século XVI ou até mesmo antes da chegada do europeu à América, deve ser tratada como verdadeiros fósseis lingüísticos e confirma a concentração de topônimos de origem tupi nas zonas de ocupação mais antigas. Apesar das transformações do espaço físico o padrão denominativo da região se manteve preservando os antigos designativos de origem indígena. A etnolingüística torna-se componente essencial para os estudos toponímicos quando aspectos da constituição das populações são observados.