Laboratórios na floresta. Os Baniwa, os peixes e a piscicultura no alto rio Negro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Estorniolo, Milena
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-27022013-095552/
Resumo: O objetivo da pesquisa é refletir a respeito de iniciativas de desenvolvimento sustentável e segurança alimentar entre os povos indígenas na Terra Indígena do Alto Rio Negro, localizada no município de São Gabriel da Cachoeira AM, com foco sobre os projetos de piscicultura entre os Baniwa que habitam as margens do rio Içana e afluentes. Os projetos de piscicultura foram implementados pela Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) e apoiados pelo Instituto Socioambiental (ISA) e, entre os Baniwa, as atividades têm como sede principal a Escola Indígena Baniwa e Coripaco Pamáali. Na escola, técnicos indígenas de piscicultura e alunos em geral participam de treinamentos, oficinas e aulas a respeito de temas como sustentabilidade, manejo do meio ambiente e biodiversidade, e aprendem técnicas de reprodução artificial de peixes em laboratório. A intenção da pesquisa é captar os pontos de vista dos diversos atores envolvidos com esse projeto, de forma a mostrar como técnicos indígenas, lideranças de associações e assessores técnicos não indígenas entendem e negociam entre si a importância e as motivações dos projetos, além das definições dos entes associados a eles como os peixes e o meio ambiente e as maneiras pelas quais se dão as interações entre os conhecimentos indígenas e científicos. Como se procurou evidenciar, para os indígenas envolvidos com os projetos, mais do que a produção de peixes e a resolução de um problema ambiental, o interesse nos projetos estava associado à ampliação das relações e à incorporação e controle dos conhecimentos alheios.