Nutrição mineral de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) em dois solos sujeitos à compactação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1983
Autor(a) principal: Primavesi, Odo M A S P R B
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20231122-100622/
Resumo: O presente trabalho teve como finalidade o estudo de alguns aspectos da nutrição mineral de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) em função da porosidade de dois solos [Latossolo Roxo, série Iracema (LR ), um Haplacrox orthico, e Podzólico Vermelho-Amarelo, var. Piracicaba (PVp), um Typustalf ochrultico], sem e com adubo, principalmente referentes à variação porcentual da acumulação de nutrientes pela parte aérea e radicular, procurando determinar a porosidade mais adequada dos solos para a máxima produção de matéria seca. Os experimentos foram realizados em vasos sem dreno, em casa-de-vegetação. Os níveis de compactação (3) foram uniformizados para resistências à penetração de 0-8, 8-17,6 kg/cm2. A adubação procurou atingir uma saturação em bases de 80% da CTC pH 7, com uma relação Ca:Mg:K de 9:3:1, e manter os níveis de fósforo disponível acima de 15 ppm (extração com H2 S04 0,05N). Foram aplicados ainda 40 kg N/ha e 20 kg de sulfato de zinco/ha. Foram instaladas parcelas sem e com adubo, com 2 cultivares. Procurou manter-se o nível de água a um tensão de 10 a 30 mbares. O delineamento experimental foi um fatorial 3x2x2, com blocos ao acaso, constituindo cada solo um experimento. A interpretação dos dados foi realizada com material colhido no final do ciclo, separando-se as raízes do solo por lavagem. A redução da porosidade produziu variações significativas de matéria seca nas parcelas com adubo no LR e sem e com adubo no PVp. No LR com adubo a redução da macroporosidade de 20,13 para 11,33%, melhor tratamento, aumentou a matéria seca em 25,4%, caindo posteriormente em 8 ,8% com macroporosidade de 8,88%. No PVp sem adubo a redução dos macroporos de 9,15 para 5,84 e posteriormente 3,34% reduziu a produção de matéria seca em respectivamente 8,1 e 9,8%. Verificou-se que deve ser considerado juntamente a % de macroporos o valor da condutividade hidráulica saturada (Ko), que no melhor tratamento foi de 8 cm/h. Embora tenha ocorrida certa especificidade para cultivares e solo, verificou-se, de uma maneira geral, aumentos mais freqüentes na acumulação, pela parte aérea, de Mg (até 17,7%) > Ca (até 14,7%), Fe (até 16%) > Cu (até 50%) e eventuais de N > P > K e Z > B > Mn. Bem como reduções mais freqüentes de K (até 25,9%), Mn (até 28,5%) > B (até 38%) e eventuais de N > P > Ca > Mg e Zn > Cu > Fe. No sistema radicular ocorreram aumentos de extração mais freqüentes de Mg (até 48,7%) > N (até 43,9%) e de F e (até 1 %) > B (até 70,6%) e eventuais de P > Ca = K e Zn = Mn; bem como reduções mais freqüentes de K (até 48%) = Ca (até 43,9%) e Cu (até 28,7%) > Zn (até 25%) > Mn (até 28,4%) e eventuais de P > N > Mg e B = Fe. A proporção Ca:Mg:K no complexo de troca parece afetar diretamente o comportamento desses elementos na extração, devido a efeitos de concentração. As variações de mi-cronutrientes na parte aérea parecem estar relacionados indi-retamente (através do metabolismo vegetal) com o P, e na raiz e Mn diretamente com a variação do Ca. O comportamento das características químicas do solo, de fertilidade e nutrição mineral de plantas estão claramente relacionados com as propriedades físicas do solo.