Rehepatectomia para tratamento da recorrência de metástases hepáticas de câncer colorretal: análise comparativa dos resultados precoces e tardios

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Costa, Paulo Figueirêdo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-12042024-124858/
Resumo: Introdução: A recorrência hepática é frequente após a ressecção de metástases hepáticas de câncer colorretal (MHCCR), ocorrendo em mais de 50% dos casos. Alguns destes pacientes são candidatos a uma nova ressecção hepática. Apesar de estudos não comparativos demonstrarem resultados satisfatórios, ainda persistem dúvidas quanto aos resultados perioperatórios e tardios de pacientes submetidos à rehepatectomia devido à recorrência de MHCCR. Além disso, não existem dados conclusivos sobre se pacientes com recorrência precoce poderiam se beneficiar da reabordagem cirúrgica. Objetivo: Comparar os resultados precoces e tardios de pacientes submetidos à primeira hepatectomia e rehepatectomia por MHCCR. Adicionalmente, foram comparados os resultados oncológicos de pacientes com recidiva precoce ( 6 meses) e tardia submetidos à rehepatectomia. Método: Foram estudados pacientes adultos consecutivos submetidos à ressecção hepática por MHCCR entre junho de 2000 e fevereiro de 2020. Os pacientes incluídos foram divididos em dois grupos: primeira hepatectomia e rehepatectomia. Resultado: Foram incluídos 709 pacientes, 649 no grupo primeira hepatectomia e 60 no grupo de rehepatectomia. Os pacientes submetidos à rehepatectomia receberam um maior número mediano de ciclos de quimioterapia (4 [36] vs. 3 [24], p=0,003). Os pacientes do grupo primeira hepatectomia foram mais frequentemente submetidos a ressecções hepáticas maiores (34% vs. 16,7%, p=0,004), com um maior número de lesões ressecadas (2,9 ± 3,6 vs. 1,9 ± 1,8, p=0,011). Não houve aumento no tempo operatório, perda sanguínea estimada, tempo de internação, complicações ou mortalidade nos pacientes submetidos à rehepatectomia. Não houve diferença na sobrevida global (p=0,626) e sobrevida livre de doença (p=0,579) entre os grupos. Da mesma forma, não foi encontrada diferença na sobrevida global (p=0,999) e livre de doença (p=0,279) entre os pacientes que apresentaram recidiva precoce e tardia após a primeira hepatectomia. Conclusão: A rehepatectomia tem resultados perioperatórios e tardios semelhantes aos da primeira hepatectomia. O tratamento cirúrgico da recidiva hepática precoce oferece resultados oncológicos semelhantes aos obtidos em pacientes com recidiva tardia