Discriminabilidade de estímulos visuais em tarefas de tempo de reação e de acurácia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Bruder, Camila
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42137/tde-30012008-130713/
Resumo: Em experimentos anteriores utilizando tarefa de tempo de reação (TR) vai/não-vai com diferentes estímulos-alvo aparecendo após um estímulo precedente, observamos efeito positivo do estímulo precedente quando o estímulo-alvo era uma linha dentro de um anel, mas não quando era uma cruz dentro de um anel. Este resultado foi atribuído a uma diferença nas discriminabilidades dos dois estímulos em relação ao estímulo negativo, um anel pequeno dentro do anel. A discriminação da cruz seria mais fácil, o que levaria os indivíduos a ignorar o estímulo precedente, resultando em ausência do efeito positivo. O objetivo deste trabalho foi comparar as discriminabilidades da linha e da cruz em relação ao estímulo negativo, o anel, para dar suporte à hipótese considerada, e a partir deste resultado discutir os processos responsáveis pela manifestação ou não de eventuais diferenças de discriminabilidade no comportamento. Nos experimentos 1, 2 e 3 utilizamos tarefas de tempo de reação vai/não-vai sem estímulo precedente, e nos experimentos 4 e 5 utilizamos tarefas com ênfase na acurácia das respostas. No primeiro experimento linha e cruz foram apresentadas em blocos de tentativas diferentes. Nestas condições, os TR à linha e à cruz se igualaram na segunda sessão, mas na primeira sessão o grupo que respondeu primeiro à linha e depois à cruz teve TR menores para a cruz. No segundo experimento, linha e cruz foram apresentadas aleatoriamente nos mesmos blocos de tentativas, para induzir a adoção de estratégia de resposta comum aos dois estímulos. Desta forma evidenciamos uma diferença nos TR, sendo que estes foram menores para a cruz, indicando que esta é mais discriminável que a linha. No terceiro experimento grupos diferentes de voluntários responderam à linha e à cruz. Os TR assim obtidos, iguais para linha e para cruz, indicam que as igualdades nos TR aos dois estímulos-alvo encontradas no primeiro experimento independem da exposição prévia a outro estímulo-alvo. O conjunto destes resultados sugere que linha e cruz têm discriminabilidades diferentes, sendo a cruz mais discriminável que a linha. Esta diferença, no entanto, é evidenciada apenas quando uma mesma estratégia de resposta é adotada para lidar com os dois estímulos. No quarto experimento construímos curvas psicométricas e observamos valores iguais de sensibilidade para a linha e para a cruz. No quinto experimento utilizamos uma tarefa de escolha. Uma análise por meio da Teoria de Detecção de Sinais forneceu medidas do parâmetro sensorial d´ maiores para a linha que para a cruz, indicando que a linha é mais discriminável que a cruz, além de medidas do parâmetro decisional critério iguais para os dois estímulos. Este padrão de resultados, contrário aos obtidos nos experimentos 1 a 3, foi atribuído às diferentes condições de estimulação com cada metodologia: em condições de estimulação supra-limiar como as utilizadas nas tarefas de TR a cruz é mais discriminável (em relação ao anel) que a linha, mas em condições de estimulação próximas do limiar a linha passa a ser mais discriminável.