O papel dos genes do pepsinogênio C (PGC) e do antígeno de membrana específico da próstata (PSMA) no diagnóstico do câncer da próstata

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Antunes, Alberto Azoubel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5153/tde-18122008-105156/
Resumo: INTRODUÇÃO: O diagnóstico do câncer de próstata em pacientes com níveis séricos do antígeno prostático específico persistentemente elevados após biópsia prostática negativa representa um grande desafio para urologistas e patologistas. A baixa especificidade do antígeno prostático específico e a baixa sensibilidade da biópsia prostática guiada por ultra-som são os maiores obstáculos observados na prática clínica. Apesar do uso de diversos métodos para prever a presença de câncer na glândula, nenhum deles tem precisão absoluta, obrigando os pacientes a realizar novas biópsias. Neste contexto, a descoberta de novos marcadores diagnósticos para o câncer da próstata tornase necessária. OBJETIVO: Avaliar o valor diagnóstico da expressão de seis genes no tecido prostático de pacientes com câncer de próstata clinicamente localizado. MÉTODOS: O estudo consistiu na análise de 50 pacientes com diagnóstico de câncer da próstata, submetidos à prostatectomia radical por doença localizada. A seleção dos genes foi baseada em um estudo prévio que utilizou a tecnologia de microarray (Agilent Technologies 44k whole human genome, two-color) em pacientes com câncer de próstata, divididos de acordo com as características clínico-patológicas. Entre os 4.147 genes com expressão diferenciada entre os casos de câncer de próstata, seis genes (PSMA, TMEFF2, GREB1, TH1L, IgH3 e PGC) foram selecionados. Estes genes foram então testados quanto a seu valor diagnóstico no câncer da próstata através da técnica de reação em cadeia da polimerase quantitativa com transcriptase reversa. Na primeira etapa do estudo, amostras de tecido maligno de 33 pacientes com câncer de próstata foram avaliadas. O grupo controle foi composto de nove pacientes com hiperplasia benigna da próstata. Na segunda etapa do estudo foram analisadas amostras de tecido benigno dos demais 17 pacientes com câncer da próstata. O mesmo grupo controle foi utilizado para comparação. RESULTADOS: A análise demonstrou que o PSMA estava super-expresso (em média nove vezes) e o PGC sub-expresso (em média de 1,3 x 10-4 vezes) no tecido neoplásico de todos os casos de câncer quando comparados com os casos de hiperplasia benigna. Os demais genes demonstraram um padrão de expressão variado, não permitindo a diferenciação entre os tecidos malignos e benignos. Quando estes resultados foram testados no tecido prostático benigno dos pacientes com câncer, o PGC manteve o mesmo padrão de expressão em todos os casos e o PSMA, apresentou-se super-expresso em 88% dos pacientes (média de 12 vezes), em relação aos casos de hiperplasia benigna. CONCLUSÃO: A combinação da super-expressão do PSMA e sub-expressão do PGC no tecido prostático pode representar uma evidência objetiva de presença de Cap. Análises clínicas prospectivas adicionais são necessárias para confirmar estes resultados