Ácaros Rhodacaroidea (Acari: Mesostigmata) do Estado de São Paulo e seu potencial como agentes de controle biológico de pragas edáficas, com ênfase em Ologamasidae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Silva, Edmilson Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-28022008-164210/
Resumo: Os ácaros são Arthropoda muito numerosos em diversos ambientes e substratos. No Brasil os ácaros de plantas cultivadas são relativamente bem conhecidos, porém pouco se conhece sobre os ácaros edáficos. Esse fato deve-se em parte ao restrito número de especialistas e de trabalhos que sintetizam as informações taxonômicas sobre estes. Há atualmente grande interesse na redução da utilização de agroquímicos para o controle de pragas agrícola, que é a maneira mais utilizada de controlá-las. Isto é função da preocupação com os efeitos ambientais e a resistência de pragas aos produtos utilizados, além do elevado custo dessa forma de controle. Todos estes fatores levaram à busca de novas táticas de controle de pragas, incluindo o uso de ácaros predadores. Ologamasidae e Rhodacaridae, já relatados em solos brasileiros como grupos freqüentes e abundantes, se alimentam de uma série de organismos edáficos, alguns dos quais são pragas potenciais em culturas; dentre estes estão os colêmbola, moscas da família Sciaridae, tripes, ácaros da família Acaridae e nematóides. Em todo mundo pouco se sabe sobre a biologia dos Rhodacaroidea. Os objetivos do presente trabalho foram: elaborar uma lista de informações taxonômicas de Ologamasidae do mundo; identificar espécies de Rhodacaroidea coletadas em solo e folhedo da Mata Atlântica e Cerrado do Estado de São Paulo; elaborar uma chave taxonomica para auxiliar na separação de gêneros e/ou espécies correspondentes àqueles ácaros; descrever algumas das espécies novas de Ologamasidae determinadas no presente estudo; estudar o potencial de 3 espécies de Rhodacaroidea comuns nos ambientes estudados como agentes de controle biológico de diferentes organismos edáficos. Foram realizadas buscas em bancos de dados para a detecção de referências taxonômicas sobre Ologamasidae, dispersas na literatura nacional e internacional. Com esse trabalho, criou-se uma base de informações taxonômicas sobre as espécies de Ologamasidae do mundo, o que permitiu a elaboração de uma lista de espécies de Ologamasidae. São citadas nesta lista 385 espécies válidas, distribuídas em 45 gêneros, dfos quais os mais abundantes são Gamasiphis com quase 16% do total das espécies válidas, seguido por Gamasellus e Geogamasus com metade desse percentual. Sete dos gêneros são monotípos. Vinte e cinco espécies, consideradas como Ologamasidae não puderam ser atribuídas a nenhum gênero, por serem insuficientes suas descrições (incertae sedis). Foram descritas 6 novas espécies. Foram estudados em laboratório aspectos biológicos de uma espécie ainda não descrita de Ologamasus (Ologamasidae), de Protrogamasellopsis dioscorus Manson e de Protogamasellopsis posnaniensis (Wisniewk e Hirschmann) (estas, Rhodacaridae), quando alimentados com o ácaro Astigmata Tyrophagus putrescentiae (Schrank). Considerando a freqüência com que Ologamasus sp. nova 1 tem sido encontrada no Estado de São Paulo, os resultados obtidos sugerem que em condições naturais este ácaro se alimente de outros organismos daqueles substratos, que não ácaros Astigmata. Entretanto, P. dioscorus e P. posnaniensis poderiam em condições naturais incluir aqueles ácaros em sua alimentação, como sugerido pelos parâmetros avaliados no presente estudo.