Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Nara Lopes Monteiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-10082023-094144/
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Resumo: |
Introdução: a Oncogeriatria é uma nova área de atuação diagnóstica e terapêutica no idoso com câncer, que vem crescendo exponencialmente nos últimos anos. Ela é uma associação entre a oncologia e a geriatria, que tem por objetivo elaborar estratégias terapêuticas que integrem todos os perfis de pacientes idosos, realizando um plano geriátrico individualizado de cuidados, permitindo uma avaliação mais cuidadosa e garantindo que a idade não seja um fator de discriminação no acesso ao tratamento, além de melhorar os desfechos clínicos e a qualidade de vida por meio de intervenções geriátricas. Objetivos: trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, que tem por finalidade avaliar o perfil dos pacientes idosos com câncer atendidos no ambulatório de Oncogeriatria de um hospital terciário de ensino (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - HCFMRP-USP) quanto às características sociodemográficas e aos domínios da avaliação geriátrica ampla (AGA) e verificar sua associação com desfechos clínicos negativos (quedas, infecções, perda de funcionalidade, quimiotoxicidade, internações, mortalidade). Resultados: foram incluídos 166 participantes idosos portadores de neoplasia, com média de idade de 77 ± 6,9 anos. Os pacientes que apresentavam mobilidade comprometida possuíram prevalência 1,7 vez maior de internações (IC 95% 1,14 - 2,75), 1,7 vez maior de infecções (IC 95% 1,01 - 3,08), 2,1 vezes maior de mortalidade em 6 meses (IC 95% 1,40 - 3,17) e 1,45 vezes maior de mortalidade em um ano (IC 95% 1,01 - 2,09) que os demais. O transtorno de humor esteve associado a uma prevalência cinco vezes maior de desenvolver piora da funcionalidade para as atividades básicas de vida diária (IC 95% 1,30 - 19,51). Já pacientes com déficit auditivo tiveram prevalência 1,8 vez maior de regredirem quanto à funcionalidade para as atividades instrumentais em seis meses (IC 95% 1,07 - 3,16). Pacientes desnutridos pela escala Mini-Avaliação Nutricional (MAN) tiverem prevalência 1,6 vez maior de internações em seis meses (IC 95% 1,04 - 2,62) e quatro vezes maior de piora da funcionalidade básica (IC 95% 1,02 - 15,91) que os demais. Conclusão: como pode se observar, neste estudo, muitas variáveis analisadas na avaliação geriátrica ampla estiveram associadas a uma maior prevalência de desfechos clínicos negativos; em outras, no entanto, apesar de não terem tido associação significativamente estatística nesta pesquisa, na literatura existente, foi possível observar que podem, sim, estar associadas a um pior prognóstico no paciente idoso oncológico. Mais estudos na área são necessários. |