Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Leonello, Valeria Marli |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7137/tde-20062007-093249/
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Resumo: |
Trata-se de uma pesquisa qualitativa que tomou como objeto a interface entre o ensino de enfermagem e o processo de trabalho assistencial em sua dimensão educativa, no que se refere ao desenvolvimento de competências para práticas educativas alicerçadas na Educação Popular em Saúde. Seus objetivos foram construir um perfil de competências para ação educativa da enfermeira em seu processo de trabalho assistencial, a partir da perspectiva dos sujeitos implicados na formação inicial em enfermagem e identificar conhecimentos, habilidades e atitudes para essa ação educativa. Utilizou-se o materialismo histórico e dialético como base teórico-metodológica e, como categoria conceitual, a competência, tal como definida por Perrenoud, ancorada nas concepções de trabalho em saúde e no saber operante postulados por Mendes-Gonçalves. A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP) e em dois serviços de saúde vinculados à USP e utilizados como campo de estágio de disciplinas do Bacharelado em Enfermagem: Hospital Universitário (HU) e Centro de Saúde Escola Butantã (CSE). A coleta de dados envolveu cinco grupos de sujeitos: o grupo 1, formado por cinco docentes que participam do Grupo de Apoio Pedagógico (GAP) da EEUSP; o grupo 2, com cinco alunas concluintes do Bacharelado em Enfermagem da EEUSP; o grupo 3, formado por dez enfermeiras, sendo cinco do HU e cinco do CSE Butantã; o grupo 4, integrado por dois gestores desses dois serviços; e, finalmente, o grupo 5, com oito usuários dos serviços mencionados, totalizando 30 participantes. Utilizou-se o grupo focal como técnica de abordagem para os grupos 1 e 2 e, para os grupos 3, 4 e 5, a entrevista semi-estruturada. Para análise dos dados empíricos, utilizou-se a técnica de análise de discurso proposta por Fiorin e adaptada por Car e Bertolozzi. Os discursos coletados foram decompostos em frases temáticas e essas em conhecimentos, habilidades e atitudes, segundo os quatro pilares da educação, para cada grupo abordado. Em seguida, à luz do referencial teórico utilizado, procedeu-se à recomposição desses conhecimentos, habilidades e atitudes, resultando na construção de dez competências para ação educativa da enfermeira: promover a integralidade do cuidado à saúde; articular teoria e prática; promover o acolhimento e construir vínculos com os sujeitos assistidos; reconhecer-se e atuar como agente de transformação da realidade em saúde; reconhecer e respeitar a autonomia dos sujeitos em relação à suas vidas; respeitar o saber de senso comum, reconhecendo a incompletude do saber profissional; utilizar o diálogo como estratégia para a transformação da realidade em saúde; operacionalizar técnicas pedagógicas que viabilizem o diálogo com os sujeitos assistidos; instrumentalizar os sujeitos com informação adequada e, finalmente, valorizar e exercitar a intersetorialidade no cuidado à saúde. A construção desse perfil de competências revelou, entre outros aspectos, a necessidade de ressignificar a ação educativa nos serviços de saúde, adotando-se a perspectiva da Educação Popular em Saúde. Neste sentido, construir competências para ação educativa da enfermeira constitui uma das tarefas para a formação inicial, na interface entre o ensino e o processo de trabalho assistencial da enfermagem |