A elaboração de sequências didáticas para o ensino de mandarim como língua estrangeira para crianças brasileiras de segundo a quarto ano do ensino fundamental I

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Murari, Thais C.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8163/tde-04102022-153226/
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo a elaboração de um conjunto de sequências didáticas para ensino-aprendizagem de mandarim como língua estrangeira para crianças brasileiras, com faixa etária entre sete e nove anos, por meio de gêneros orais e escritos. O notável aumento da procura do ensino do mandarim para a faixa etária citada nos trouxe questionamentos a respeito dos instrumentos disponíveis para o ensino do idioma e a viabilidade de seu uso. Dada a escassez de materiais didáticos existentes em português para o ensino de mandarim para crianças, nossa proposta foi criar um conjunto de sequências didáticas para alunos iniciantes que atendam às demandas desse grupo. Assim, nosso propósito foi apresentar novas estratégias de ensino com base nas reflexões de Vigotski (2007; 2008; 2014), que trata da valorização da interação sócio-histórico-cultural e apresenta os conceitos de instrumento e zona de desenvolvimento proximal. Nesse sentido, nosso foco esteve na criação e preparação das sequências didáticas como instrumentos de mediação, que valorizassem a cultura e o contexto social e histórico. Para tanto, também nos embasamos no quadro teórico-metodológico do Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART, 1999) de forma a compreender o agir humano por meio da linguagem e empregamos essa mesma teoria para a elaboração de modelos didáticos conforme proposto por De Pietro e Schneuwly (2003) e Dolz e Gagnon (2015). Os modelos elaborados neste trabalho foram utilizados como base para as sequências didáticas, tal como apresentado por Schneuwly e Dolz (2004), que veem as sequências didáticas como ferramentas de mediação para o trabalho em sala de aula. Foram elaborados quatro modelos didáticos e suas respectivas sequências didáticas para trabalhar com os gêneros parlenda, adivinha, história infantil e tutorial, procurando focar nas narrativas da vida que se vive (Marx, Engels [1989] 2002), com o objetivo de aproximar as crianças de um idioma tão distante por meio de gêneros que já fazem parte de seu cotidiano. O trabalho principal foi realizado no sentido de que as crianças pudessem não só internalizar vocabulário, mas também aprender elementos culturais intrínsecos à língua. Sustentamos que as crianças que estejam inseridas em um contexto de aulas de idiomas podem também, além de aprender uma língua estrangeira de uma maneira lúdica e permeada de fruição, dominar as capacidades de linguagem expandindo o uso destas para fora do contexto escolar.