Atitudes de carreira proteana e capital psicológico de gestores da saúde: um estudo em uma federação de cooperativas médicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Raulino, Petrus da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-12022016-155237/
Resumo: As transformações do ambiente de negócios nas últimas décadas, e principalmente nos últimos anos, têm se mostrado muito intensas no setor Saúde globalmente, com reflexos significativos também no Brasil, e tem alterado profundamente o modo como os profissionais da Saúde desenvolvem suas carreiras em um cenário de competitividade. Cada vez mais o diferencial competitivo das organizações de cuidados à Saúde se baseia em capacidades organizacionais fundamentadas em fatores intangíveis diretamente relacionados às atitudes e competências desempenhadas pelos recursos humanos da organização. Por isso, como ocorre com outras organizações de serviços, as organizações de cuidados à Saúde podem desenvolver vantagem competitiva através de uma administração eficaz dos seus recursos humanos, especialmente dos seus líderes. Pesquisas que ampliem o conhecimento sobre as atitudes de carreiras dos gestores das organizações de Saúde podem ser críticas para o aperfeiçoamento dessas organizações na nova economia, que é o ambiente no qual ocorre o desenvolvimento das novas carreiras. A carreira proteana é um dos modelos de carreira subjetiva mais difundidos entre estudiosos das novas carreiras e corresponde a duas dimensões fundamentais de atitudes de carreira: atitudes de carreira autodirigida e atitudes de carreira dirigida por valores pessoais. Adicionalmente, o capital psicológico é uma forma de capital intangível que tem despertado a atenção de acadêmicos da Psicologia Positiva e do Comportamento Organizacional Positivo, devido às evidências de associação do mesmo com indicadores de desempenho organizacional. Considerando a relevância e a necessidade de estudos nacionais empíricos, tanto sobre atitudes de carreira proteana, quanto sobre capital psicológico de gestores da Saúde, a presente dissertação tem como objetivo investigar a influência das atitudes de carreira proteana no capital psicológico dos gestores da Saúde. Para tanto, foi realizada a pesquisa em uma organização de cuidados à Saúde, caracterizada como uma federação de cooperativas médicas. O estudo foi descritivo, quantitativo e a coleta de dados foi realizada através de uma survey eletrônica que teve como base escalas validadas nos Estados Unidos e no Brasil (escala de atitudes de carreira proteana e questionário de capital psicológico). A amostra não probabilística e intencional foi formada por 250 gestores. Os resultados das análises fatoriais e dos alfas de Cronbach afirmaram a validade e a confiabilidade dos instrumentos utilizados para amostra estudada. Os resultados da ANOVA e da análise discriminante demonstraram que as atitudes de carreira autodirigida são um preditor para o capital psicológico. Com isso, esta pesquisa contribui para a literatura sobre carreira proteana de gestores da Saúde de várias maneiras: ao testar o impacto das atitudes de carreira proteana no capital psicológico, oferecendo suporte empírico que demonstra a influência das atitudes de carreira autodirigida no capital psicológico de gestores de uma organização de cuidados à Saúde no Brasil; ao estudar as atitudes de carreira proteana em gestores da Saúde, contextualizando-as no âmbito da Saúde na nova economia; ao adaptar e validar o questionário de capital psicológico para o português do Brasil; ao validar a escala de atitudes de carreira proteana e o questionário de capital psicológico para uso em gestores da Saúde; e, por fim, ao refletir sobre o referencial da Psicologia Positiva na pesquisa sobre atitudes de carreira proteana.