Efeito de dois tratamentos de fisioterapia na fibromialgia: ensaio paralelo randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Matsutani, Luciana Akemi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-02072018-153750/
Resumo: INTRODUÇÃO: Fibromialgia (FM) é uma síndrome caracterizada por dor severa, difusa e crônica, e uma magnitude de sintomas. Exercícios de flexibilidade são indicados para o tratamento de dor crônica por disfunções osteomioarticulares. O aprendizado sobre a FM, comportamentos saudáveis e perspectivas positivas no processamento de informações (resiliência) são imprescindíveis para os indivíduos com FM. O objetivo deste estudo foi comparar o efeito de dois tratamentos para FM: Tratamento A - exercícios de flexibilidade em cadeias musculares baseados no método de Reeducação Postural Global associados à abordagem educativa segundo referencial da terapia cognitivo-comportamental (TCC) e Tratamento B - exercícios de flexibilidade segmentar associados à abordagem educativa segundo referencial da TCC. MÉTODOS: Quarenta pacientes com FM foram randomizados em dois grupos: A e B, com 20 em cada. Os tratamentos tiveram 10 sessões de atendimento individual, uma vez por semana. Foram feitas duas avaliações (linha de base e no final do tratamento). As variáveis foram intensidade da dor (EVA), multidimensionalidade da dor (Questionário McGill de dor), limiar de dor nos tender points (dolorimetria), atitudes frente à dor crônica (IAD-breve), impacto da FM na qualidade de vida (QIF), postura corporal (PAS/SAPO), flexibilidade (teste sentar-e-alcançar) e controle postural (mCTSIB). RESULTADOS: Os grupos apresentaram, no final do tratamento, menor intensidade da dor (linha de base vs. final; grupo A: 6 ± 1,8 vs. 2,2 ± 1,6cm, p < 0,01; grupo B: 6,4 ± 2,1 vs. 2,5 ± 1,7cm, p < 0,01), menor severidade da dor (p < 0,05), maior limiar de dor (p <= 0,01), maior adaptação nas atitudes frente à dor crônica (p < 0,01) e menor escore total do QIF (linha de base vs. final; grupo A: 61 ± 19,8 vs. 38,2 ± 16,6, p < 0,01; grupo B: 57,2 ± 13,9 vs. 39,3 ± 11,5, p < 0,01). O grupo A mostrou diferença estatisticamente significante no alinhamento postural (cabeça, tronco e pelve), aumento no controle postural em uma condição sensorial e redução em duas condições sensoriais (p < 0,05); o grupo B mostrou diferença estatisticamente significante no alinhamento postural (cabeça e tronco) (p <= 0,05) e aumento no controle postural em duas condições sensoriais (p <= 0,02). Houve melhora clínica relevante na intensidade e severidade da dor, limiar de dor e qualidade de vida em ambos os grupos. No final do tratamento, não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos nas variáveis de desfecho. CONCLUSÃO: Os dois tratamentos de fisioterapia reduziram a intensidade e severidade da dor, aumentaram o limiar de dor nos tender points, melhoraram as atitudes de enfrentamento à dor crônica e reduziram o impacto da FM na qualidade de vida em pacientes com FM. Os dois tratamentos de fisioterapia reduziram os escores dos critérios de diagnóstico da FM de 2010/2011 do Colégio Americano de Reumatologia em um nível que implica a ausência de FM no final dos tratamentos