Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Feitosa, Tiberio Sousa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-14092021-163128/
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Resumo: |
Modelos mecanísticos de simulação de crescimento podem auxiliar na síntese e aplicação de conhecimento, bem como ferramentas de tomada de decisão em sistemas agrícolas tropicais. O APSIM-Tropical Pasture é um modelo mecanístico de simulação de crescimento de pastagens tropicais e que pode ser utilizado como uma ferramenta eficiente para descrever os processos em pastagens tropicais. Contudo, ainda é necessário avaliar o modelo para outras espécies tropicais, como a Megathyrsus maximus e em condições subótimas, por meio de estudos de calibração e teste do modelo em condições de estresse severo de N. Assim será possível melhorar a performance do modelo na estimativa de crescimento de forrageiras tropicais em uma ampla faixa de condições ambientais. Objetivou-se com esse estudo calibrar e testar o modelo APSIM-Tropical Pasture para simulação do crescimento e produtividade de Megathyrsus maximus cv. Mombaça sob diferentes condições de disponibilidade hídrica e suprimento de N. Na calibração foram utilizados dados de experimentos de campo com capim-mombaça conduzidos em São Carlos/SP, manejado sob corte em condição irrigada e em sequeiro. Foram realizadas colheitas de massa de forragem (acima de 30 cm) e de massa de resíduo (abaixo de 30 cm até o nível do solo), em quatro frequências de corte (250, 500, 750 e 1000 graus-dia), totalizando 19 ciclos de rebrotação (2010-2012). Para a validação do modelo, foram utilizados dois experimentos independentes, um conduzido entre 2015 e 2016 em Lavras/MG e outro em Sinop/MT, cada um com 11 ciclos. Nesses experimentos, as colheitas de massa de forragem foram feitas acima e abaixo do resíduo (40 cm do nível do solo) com uma frequência de corte de 28 (verão) e 42 (inverno) dias. A avaliação de desempenho do modelo foi realizada por meio dos coeficientes de determinação, índice de concordância (d), índice de eficiência Nash-Sutcliffe (NSE), erro médio (EM), erro absoluto médio (EAM) e raiz do quadrado médio do erro (RQME). Para melhoria na estimativa do crescimento de capim-mombaça foram feitos ajustes na Tb (temperatura basal), foi ajustada de 8,9°C para 10,8°C para o capim-mombaça. O valor de coeficiente de extinção de luz (k) foi ajustado de 0,65 para 0,62 e a área foliar padrão (AFE) padrão de 0,02 para 0,021 m2 g-1. A eficiência de uso da radiação (RUE) para planta inteira de 1,44 g MJ-1 para 1,78 g MJ-1. O modelo apresentou uma boa performance na simulação de massa de forragem viva após teste (R2= 0,64 a 0,93, d= 0,88 a 0,97 e NSE= 0,61 a 0,91, EM= -132,85 a -7,43 g m-2, EMA= 33,29 a 148,29 g m-2 e RQME= 69,56 a 179,29 g m-2), comprovando a capacidade de modelo em simular o crescimento do capim-mombaça manejado sob corte em condição irrigada ou não-irrigado, com ou sem adubação nitrogenada e em diferentes climas e biomas brasileiros. O modelo ainda necessita de melhorias na simulação da partição de fotoassimilados, ao efeito de diferentes doses de N no crescimento da pastagem e da área foliar específica. |