Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Issa, Mario |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98131/tde-28062012-103725/
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Resumo: |
Introdução: Aneurismas e dissecções da aorta constituem as principais doenças da aorta, as quais podem ser submetidas a princípios e técnicas de tratamento cirúrgico em comum. A conduta clínica e cirúrgica continua sendo um desafio nos procedimentos eletivos, bem como em casos de emergência. Informações sobre variáveis prognósticas associadas independentemente com óbito hospitalar e no longo prazo, são escassas, havendo necessidade da identificação destes fatores para a avaliação apropriada sobre o risco cirúrgico desta população. Objetivos: Primário: identificar variáveis prognósticas associadas independentes ao óbito hospitalar em pacientes submetidos a procedimento cirúrgico para correção de doenças da aorta. Secundários: identificar variáveis prognósticas associadas independentes ao óbito tardio e ao desfecho clínico composto (óbito, sangramento, disfunção ventricular e complicações neurológicas). Casuística e Métodos: Delineamento transversal com componente longitudinal, com coleta de dados retrospectiva e prospectiva. Pacientes consecutivos, portadores de aneurisma de aorta ascendente ou dissecção crônica de aorta tipo A de Stanford, foram incluídos por meio de revisão de prontuários. Foram incluídos 257 pacientes, cujos critérios de inclusão envolviam aqueles que foram operados por dissecção crônica de aorta tipo A de Stanford e aneurisma de aorta ascendente. Foram excluídos pacientes com dissecção aguda de aorta, de qualquer tipo, e pacientes que tiveram aneurisma de aorta em outro segmento da aorta que não fosse a aorta ascendente. Os desfechos clínicos avaliados foram óbito, sangramento clinicamente relevante, complicações neurológicas e disfunção ventricular, fase hospitalar e óbito no longo prazo. As variáveis prognósticas avaliadas incluíram: demografia, fatores pré-operatórios, fatores intra-operatórios e complicações pós-operatórias. O seguimento médio foi de 970 dias. O tamanho de amostra foi definido por conveniência aliado a publicações prévias sobre o tópico. Análise univariada foi realizada para selecionar variáveis para serem inseridas no modelo multivariado para identificação das variáveis prognósticas independentemente associados aos desfechos clinicamente relevantes. Resultados: As seguintes variáveis prognósticas apresentaram associação independente como o risco aumentado de óbito na fase hospitalar (RC; IC95%; P valor): etnia negra (6.8; 1.54-30.2; 0,04), doença cerebrovascular (10.5; 1.12-98.7; 0,04), hemopericárdio (35.1; 3.73-330.2; 0,002), cirurgia de Cabrol (9.9; 1.47-66.36; 0,019), cirurgia de revascularização miocárdica (4.4; 1.31-15.06; 0,017), revisão de hemostasia (5.72 ;1.29-25.29; 0,021) e circulação extra-corpórea [min] (1.016; 1.007-1.026; 0,001). A presença de dor torácia associou-se independentemente com o risco reduzido de óbito hospitalar (0.27; 0.08-0.94; 0,04). As seguintes variáveis apresentaram associação independente com o risco aumentado do desfecho clínico composto na fase hospitalar: uso de antifibrinolítico (3.2; 1.65-6.27; 0,0006), complicação renal (7.4; 1.52-36.0; 0,013), complicação pulmonar (3.7; 1.5-8.8; 0,004), EuroScore (1.23; 1.08-1,41; 0,003) e tempo de CEC [min] (1.01; 1.00-1.02; 0,027). As seguintes variáveis apresentaram associação independente com o risco aumentado de óbito no longo prazo: doença arterial obstrutiva periférica (7.5; 1.47-37.85; 0,015), acidente vascular cerebral prévio (7.0; 1.46-33.90; 0,015), uso de estatina na alta hospitalar (4.9; 1.17-21.24; 0,029) e sangramento aumentado nas primeiras 24 horas (1.0017; 1.0003-1.0032; 0,021). Conclusão: Etnia negra, doença cerebrovascular, hemopericárcio, cirurgia de Cabrol, revascularização miocárdica cirúrgica associada, revisão de hemostasia e tempo de CEC associaram-se independentemente com risco aumentado de óbito hospitalar. A presença de dor torácica associou-se independentemente com o risco reduzido de óbito hospitalar. Doença arterial obstrutiva periférica prévia, acidente vascular cerebral prévio, uso de estatina na alta hospitalar e sangramento aumentado nas primeiras 24 horas associaram-se independentemente com risco aumentado de óbito no prazo longo. Uso de antifibrinolítico, complicação renal, complicação pulmonar, EuroScore e tempo de CEC associaram-se independentemente com o risco aumentado de desfecho clínico composto hospitalar (óbito, sangramento, disfunção ventricular e complicações neurológicas). |