Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Magossi, José Eduardo Gonçalves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-13092013-115744/
|
Resumo: |
Esta dissertação narra a trajetória da gravadora Discos Marcus Pereira que, em sua vida de pouco mais de uma década, procurou realizar um trabalho de registro e mapeamento da música brasileira que estaria ameaçada de extinção diante do avanço do capitalismo. O trabalho da gravadora foi realizado sob a forte influência do pensamento musical do modernista e musicólogo Mário de Andrade, que também temia, ainda na década de 1930, que o progresso acabaria destruindo as músicas folclóricas originais da cultura brasileira. Neste processo, a Discos Marcus Pereira transformou as ideias musicais de Mário de Andrade em produto de consumo, o disco, com o objetivo de divulgar a música folclórica e regional brasileira para um novo público consumidor urbano, que estava em formação na década de 1970, interessado em bens culturais diferenciados. Esta dissertação procura traçar um diálogo entre o pensamento de Mário de Andrade e o projeto da Discos Marcus Pereira, assim como a inserção da gravadora na indústria cultural brasileira. A Discos Marcus Pereira nasce em um período onde esta indústria ainda não estava totalmente estruturada, o que permitiu que empreendimentos ousados como este ainda fossem possíveis. Ao contar a história da gravadora, também discorro sobre a importância de seus produtores e diretores artísticos na construção de seu catálogo, assim como a história do próprio Marcus Pereira, um publicitário que abandonou a carreira para abrir uma gravadora e registrar a música verdadeiramente brasileira. Este catálogo foi formado majoritariamente por discos conceituais e temáticos, os chamados discos culturais. Neste sentido, a Marcus Pereira foi pioneira na exploração de um nicho específico de atuação e sua maior conquista foi capturar manifestações culturais, cenas e artistas que, sem apelo popular, não seriam registrados pelas grandes gravadoras. Sem a iniciativa desta gravadora, estas cenas musicais e culturais poderiam ter se perdido já que se localizavam fora do interesse comercial das gravadoras naquele momento específico. |