Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1995 |
Autor(a) principal: |
Figueiredo Filho, Orlando Augusto de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-22062015-143731/
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Resumo: |
O termo Faixa de Dobramento Jaguaribeana foi introduzido para representar todo o seguimento crustal que compreende a região centro-leste do Estado do Ceará e uma pequena porção do Estado de Pernambuco, onde ocorrem rochas metassedimentares. Neste trabalho, estamos restringindo a Faixa Jaguaribeana à região onde ocorrem os cinturões de dobramento Orós e Jaguaribe. Neles são encontradas rochas metavulcânicas e metagranitóides intrusivas, que apresentaram as mesmas características geoquímicas e idades correlatas. Em relação às séries magmáticas essas metavulcânicas indicaram forte afinidade toleítica, sendo que algumas amostras de ambos os cinturões também mostraram tendência cálcio-alcalina, indicativa de uma gênese relacionada à fusão de resíduos de rochas previamente associadas. De um modo geral, estas meta-ígneas apresentaram uma natureza subalcalina, com predominância de rochas metaluminosas sobre as peralminosas. Com base no padrão de distribuição dos elementos Terras Raras foram reconhecidos quatro grupos de rochas metavulcânicas, caracterizando, pela abrangência das ocorrências, uma típica associação bimodal. As rochas metavulcânicas, as mais abundantes, correspondem à metarriolitos, com metariodacitos subordinados. Quanto às rochas metavulcânicas básicas elas mostraram uma química muito semelhante aos basaltos toleíticos modernos, característicos de zonas de \"rifts\" continentais, muito embora tenham sido também reconhecidos tipos E-MORB. De um modo geral, os diagramas de variação para os óxidos, quando aplicados para um bom número dessas metavulcânicas, estão sugerindo aquele modelo clássico de cristalização fracionada, onde FeO + Fe2O3, CaO e MgO decrescem, de uma maneira geral, com os valores crescentes de sílica. Os quatro tipos petrograficamente distintos de metagranitóides também caracterizaram padrões distintos de distribuição das Terras Raras. A assinatura magmática dos \"augen\" gnaisses e ortognaisses sienograníticos indicou tratar-se de granitos intraplaca, gerados a partir de crosta continental atenuada e com uma química muito semelhante àquela dos metariolitos. Os outros dois tipos de metagranitóides indicaram uma química mais característica de granitoides sin a tardi tectônicos. As datações Rb-Sr, obtidas no embasamento da faixa Jaguaribeana, tem indicado idades arqueanas em torno de 2,6 Ga, que marcariam o tempo de formação dos granodioritos e tonalitos. Em zonas de migmatização estes mesmos corpos indicaram valores entre 2,2 Ga e 1,8 Ga, que representariam idades relacionadas ao Ciclo Transamazônico. Para as rochas metavulcânicas ácidas e \"augen\" gnaisses, as idades Rb-Sr e U-Pb, indicaram valores entre 1,8 Ga e 1,7 Ga, considerados como o tempo de posicionamento destas rochas. As idades Rb-Sr, obtidas para ortognaisses microporfiríticos, em torno de 520 Ma, também representariam o tempo de formação da rocha. Por outro lado, datações K-Ar obtidas em biotitas de \"augen\" gnaisses e em metarriolitos indicaram idades de 498 Ma e 474 Ma, respectivamente, sendo interpretadas como o tempo de fechamento deste sistema isotópico. Como modelo de evolução geodinâmico, propõe-se que logo após o final do Ciclo Transamazônico, por volta de 1,8 Ga, o segmento crustal da região correspondente à Faixa Jaguaribeana, experimentou um processo de afinamento crustal, resultando na instalação de um sistema de \"rifts\". No início deste processo de rifteamento ocorreu intenso vulcanismo félsico-intermediário, caracterizado por derrames e tufos de riolitos e dacitos (subordinados), acompanhados por um expressivo pacote de tufos e lavas básicas (hornblenda-gnaisses). Com a evolução do rifteamento segue-se uma típica sedimentação continental que atingiu até uma progradação marinha com a deposição de sedimentos plataformais, marcadamente pelíticos e químicos (carbonatos), caracterizando uma sedimentação do tipo \"fining-up\". Todo este pacote representaria uma sequência do tipo QPC, encontrada em regiões de \"rifts\" intracontinentais modernos. O fechamento dessa bacia ensiálica somente veio a ocorrer durante o Ciclo Brasiliano, quando a sequência vulcano-sedimentar e as rochas plutônicas nela intrudidas foram deformadas e metamorfisadas, caracterizando, portanto uma deformação monocíclica. |